Graças a invasão realizada pelo FBI, foi possível encontrar evidências que ligam o autor dos disparos à grupos terroristas, algo que facilitou o desenvolvimento da investigação. Apesar da Apple ter fornecido dados do iCloud para auxiliar as autoridades, o Departamento de Justiça criticou a Apple por ter não facilitado o acesso ao sistema.
O FBI desenvolveu uma ferramenta própria que permite ultrapassar código de bloqueio do smartphone da Apple.
O FBI foi capaz de aceder a um iPhone 5 e a um iPhone 7 Plus, dois equipamentos que estão associados ao autor de um tiroteio que vitimou três pessoas e feriu outras oito. De acordo com as informações, em vez de recorrer a uma ferramenta de uma empresa externa, tal como aconteceu no caso do atirador de San Bernardino, foi o próprio FBI que desenvolveu a ferramenta que permitiu ‘crackear’ os iPhone.
Cristopher Wray, diretor do FBI, numa conferência de imprensa nesta segunda-feira, disse que examinaram todos os parceiros e todas as empresas que pudessem ter uma solução para aceder a estes telefones. Nenhum tinha. “Por isso criamo-la nós. Infelizmente a técnica que desenvolvemos não é uma solução para o nosso problema maior com a Apple. É uma aplicação bem limitada”.
A Apple defende-se dizendo que as afirmações falsas contra a empresa são apenas uma desculpa para enfraquecer a criptografia e outras medidas de segurança que protegem milhões de utilizadores, e promovem a segurança nacional.
Por fim, a empresa salienta a confiança dos seus clientes, uma vez que há empenho em manter os dados destes seguros. Para isso a Apple não armazena passwords nem tem a capacidade de desbloquear iPhones protegidos por códigos.