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Falta de financiamento é o principal entrave ao crescimento das startups, revela especialista

A falta de financiamento é um dos principais problemas que tem surgido e ameaçado ameaças à sobrevivência das startups angolana, segundo o responsável por um dos vários aplicativos de mobilidade no País, Ivan Mugimbo.

Falando em entrevista ao Jornal Expansão, Ivan Mugimbo frisa que as startups têm vindo a ganhar espaço em diferentes sectores da economia nacional, fazendo uma boa avaliação do seu desempenho no mercado.

Acho que as startups têm dado aqui uma grande oportunidade à população angolana, porque permitem às pessoas ter o autoemprego. Esse é um dos maiores fatores que a tecnologia tem trazido. Hoje já não é necessário ter um emprego convencional, através de soluções digitais, startups, temos muitos jovens que sustentam as suas famílias com estes negócios. As startups, essas tendências tecnológicas, são uma vantagem mesmo para a população. As startups permitem também a criação de emprego para outras pessoas à volta“.

Ainda na sua abordagem, o gestor da Yango destaca a falta de internet como uma das maiores dificuldades que nós temos aqui. Em tom de exemplo, reitera que para calcular o preço da corrida, no caso da mobilidade, a necessidade ter uma internet muito estável e, às vezes, há falhas.

Recebemos algumas reclamações por os preços não estarem a ser bem calculados, porque às vezes no meio da viagem o condutor ou o passageiro fica sem internet. A internet em Angola ainda não está no nível que deveria estar para acompanhar a massificação das startups. Isso impacta negativamente o serviço“.

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De informar que muito recentemente o estudo sobre o “Ecossistema de Empreendedorismo e Startups de Angola” já havia revelado que os impostos, a falta de financiamento e de regulação são os principais problemas das startups nacionais.

A investigação mostrou ainda que entre os principais desafios das startups no país destacam-se a falta de apoio especializado para dar-lhes competência, de capacidade de desenvolvimento de produtos e de dinheiro ou liquidez.

O relatório informou também que o crescimento da taxa de acesso à internet, entre 2019 a 2022, e, consequentemente, do número de subscritores em cerca de 48 por cento como fatores influenciadores positivos do crescimento do ecossistema digital de startups em Angola.

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