Falta de chips atinge 90% da indústria de smartphones

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Já não é novidade para ninguém que a pandemia da COVID-19 trouxe consigo vários problemas e consequências em praticamente todos diferentes sectores. Mas sem sombra de dúvidas um dos sectores muito afetado é a escassez de chips, que são usados em vários segmentos, desde o mercado automóvel, aos computadores, telefones, entre outros.

De acordo com os últimos relatórios, a falta de chips atinge 90% da indústria dos smartphones. Por outro lado, apesar desse grande índice matemático, a Apple é uma das marcas menos afetadas por este problema.

Por causa do novo coronavírus, as fábricas ao redor do mundo foram obrigadas a fecharem as portas ou diminuíram a sua atividade, como uma forma de medida preventiva para evitar contágios entre trabalhadores. Seguindo essa mesma linha, o Covid-19 provocou o confinamento em todos os países, motivo que despertou a necessidade das pessoas de adquirirem equipamentos tecnológicos, como computadores, tablets, smartphones, impressoras, etc. Ora, aumentando a procura e diminuindo a oferta, o resultado foi a escassez de componentes.

90% do setor dos smartphone é afetado pela falta de chips / Créditos: Counterpoint

De acordo com o tão renomado estudo da Counterpoint, empresa dedicada a pesquisas relacionadas com o mercado tecnológico, podemos ter uma melhor perceção do impacto que a escassez de componentes está a ter no segmento do telefones. De acordo com a pesquisa, a falta de chips atinge 90% da indústria de smartphones em 2021, um valor que é totalmente significativo. Por isso, a empresa estima para este setor um crescimento anual menor do que seria esperado.

A Counterpoint adiantou que 2020 apresentou os piores índices de produção de smartphones dos últimos anos, ond mostra que foram fabricadas apenas 1,33 mil milhões de unidades, um valor muito baixoem relação as 1,48 mil milhões produzidas em 2019.

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As últimas previsões apontam para um crescimento de apenas 6% em 2021, estimando-se assim a produção de 1,41 mil milhões de smartphones. Este valor fica abaixo dos 9%, ou 1,45 mil milhões de unidades, estimados inicialmente pela Counterpoint. Assim, 2021 parecia ser o ano da recuperação, mas parece que tal só se pode esperar para 2022, na melhor das hipóteses.

O relatório ainda contínua que a Apple é uma das empresas que menos sentirá o impacto desta escassez, devido ao facto de a empresa conseguir negociar componentes de forma prioritária e com antecedência, devido ao seu poder de compra e influência.

Abaixo as palavras de Tom Kang, Diretor de Pesquisa da Counterpoint Research:

A escassez de semicondutores parece afetar todas as marcas nos ecossistemas. Samsung, Oppo, Xiaomi foram afetadas e estamos a reduzir as nossas previsões. Mas a Apple parece ser a mais resiliente e menos afetada pela situação de escassez de AP [Application Processor].

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