O Facebook, a maior rede social do mundo, está a ser processada por um refugiado sírio na Alemanha que foi esta segunda-feira ao tribunal para obrigar a rede social a identificar e a apagar mensagens que o relacionem erradamente com crimes perpetrados por imigrantes.
Anas Modamani, de 19 anos, que acusa a empresa norte-americana de não ter retirado as imagens manipuladas que o associam aos atentados islamitas de Bruxelas e de Berlim, no ano passado. Já que a imagem passou a circular como se o refugiado fosse o suspeito de atentados terroristas.
A fotografia com a Merkel foi feita em um abrigo de Berlim em 10 de setembro de 2015, no momento em que o Modamani havia chegado à Alemanha um mês antes de ter fugido a guerra no seu país. Por tanto o refugiado foi identificado falsamente como Najim Laachraoui, um dos responsáveis pelos ataques terroristas de Bruxelas em Março do ano passado.
O advogado de Modamani, Chan-jo Jun, disse que as imagens que relacionam o seu cliente ao ataques foram vistas dezenas de milhares de vezes. E ele foi alvo de ameaças.
Jun argumenta que o Facebook funciona como um fornecedor de conteúdos, um meio jornalístico, que influencia os conteúdos que as pessoas veem.
O Facebook assegura que suprimiu rapidamente o acesso ao conteúdo denunciado e que não vê necessidade de uma acção na justiça.
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