O Facebook está a fazer tremer os mercados mundiais. Esta quinta-feira, a rede social de Mark Zuckerberg estabeleceu um novo recorde na bolsa de Nova Iorque, ao cair mais de 20%, o que resultou numa perda de valor de mercado superior a 123 mil milhões de dólares.
O resultado negativo do Facebook corresponde a cerca de quatro vezes o valor em bolsa do Twitter (33 mil milhões), sete vezes o valor da Snapchat (17 mil milhões) e quase ao valor do Netflix (158 mil milhões). Esta queda histórica é consequência direta da divulgação dos resultados do segundo trimestre da maior rede social.
Aparentemente, as perdas não se ficaram a dever directamente aos sucessivos escândalos em que a empresa tem estado envolvida este ano, mas sim ao crescimento algo anémico da facturação em publicidade e à perda de um milhão de utilizadores nos Estados Unidos e de 3 milhões na Europa.
Pela primeira vez o Facebook perdeu seguidores em território europeu. Entre março e junho, meses em que enfrentou o escândalo de fuga de dados para a Cambridge Analytica e a entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados, teve menos um milhão de utilizadores, para 376 milhões.
Uma situação que levou a uma mudança nas métricas que a empresa utiliza para medir a sua própria audiência, assim, pela primeira vez, o Facebook divulgou dados que combinam as audiências das suas principais aplicações (Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp) que indicam que cerca de 2,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo utilizam pelo menos uma.