O Facebook está desenvolver um método para desmascarar as polêmicas deepfakes, nome dado a vídeos e imagens falsos que recriam o rosto e voz de personalidades para dar verosimilhança ao conteúdo verdadeiro.
A empresa vai aproveitar a sua tecnologia de Inteligência Artificial (IA), que é capaz de imitar a escrita de uma pessoa basta ter apenas uma palavra como base de estudo. Este sistema analisa a escrita do utilizador, e é capaz de converter qualquer outro texto que se pretenda para uma grafia similar.
De acordo com Tal Hassner e Xi Yin, dois investigadores da rede social que trabalharam no assunto, juntamente com a universidade estadual do Michigan (Estados Unidos), o sistema “facilitará a deteção de ‘deepfakes’ e o seguimento de informações relacionadas”.
Apelidado de TextStyleBrush, este novo sistema é capaz de reconhecer por IA o estilo de escrita de cada utilizador, basta ter uma palavra como estudo. Feito isso, o sistema é capaz de replicar qualquer texto que se pretenda dentro dessa grafia, criando resultados verdadeiramente surpreendentes.
Por exemplo, se possui um texto numa determinada fonte que pretenda aplicar noutro conteúdo, o TextStyleBrush é capaz de recriar a mesma – até se esta fonte for algo digital, e não propriamente uma escrita manual.
Na fotografia, esta impressão digital pode ser utilizada para identificar o modelo de câmara utilizado; na informática, o objectivo é identificar o sistema de geração utilizado para produzir a mentira.
No final de 2019, a Google tornou públicas milhares de ‘deepfakes’ de vídeo, disponibilizando-as aos investigadores que desejassem desenvolver métodos para detetar imagens manipuladas.