O Facebook enfrenta uma crise que está cada vez mais a afectar não só os seus lucros, como também a sua imagem, desde a segurança para manter os dados dos seus utilizadores à notícias falsas e polarização.
A rede social que tem 25% da população mundial a utilizar a sua ferramenta, passa por uma grande crise de imagem. Partilha de notícias falsas, escândalos de envolvimento de agentes russos na eleição americana por meio da rede social têm feito com que a cobrança pública por uma regulação da plataforma aumente.
A consultoria americana CB Insights, ano passado fez uma pesquisa com uma pergunta simples: ela queria saber qual empresa de tecnologia será vista de maneira negativa pela sociedade daqui a dez anos. Cerca de 58% das 4.200 pessoas ouvidas apontaram o Facebook na liderança deste pouco agradável ranking. Na sequência aparecem Amazon (11%), Google (4%), Apple (3%) e Microsoft (2%). Os 22% restantes afirmaram que todas serão reconhecidas positivamente.
Antes da mais recente crise, Mark Zuckerberg dizia que: o Facebook é uma plataforma social, uma ferramenta, e não uma mídia. Logo, para ele, boa parte das responsabilidades de controle que atribuem à empresa não é justa.
A questão principal é até que ponto o Facebook conseguirá sobreviver com essa crise que enfrenta? Casos de redes sociais que viveram o apogeu e a queda em poucos anos são recorrentes. MySpace ou Orkut, por exemplo.
Enquanto isso, duas redes sociais estão a conquistar mais usuários e marcas: YouTube e Instagram, controladas por Google e Facebook, respectivamente. Hoje em dia, as gerações mais novas não veem tanta vantagem em ter contas no Facebook. Estão preferir comunicações mais rápidas e interativas, que são possíveis no próprio Instagram, assim como o Snapchat.
É necessário destacar, porém, que o Facebook foi uma rede social que, apesar de diversos defeitos, revolucionou a forma de nos comunicarmos. Seus servidores deram espaço para as mais de 2,1 mil milhões de pessoas se expressarem e partilharem diversos assuntos. Movimentos políticos históricos surgiram por meio das comunidades, como a Primavera Árabe, que derrubou diversos regimes na África e no Oriente Médio.
Facebook conseguirá sobreviver a crise?