EUA oferecem recompensa de 10 milhões por informações sobre gangue de ransomware

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O Departamento de Estado norte-americano está a tentar capturar os cinco elementos-chave do grupo criminoso Conti e oferece uma recompensa de dez milhões de dólares por informações que facilitem esta caça.

O gangue de ransomware Conti surgiu em força em 2020, atacando hospitais, governos e extorquindo várias empresas, tendo conseguido amealhar 180 milhões de dólares só no ano passado. Agora, com mais de mil organizações na sua lista de vítimas, os hackers estão a ser procurados ativamente pelas autoridades dos EUA, com o Departamento de Estado a anunciar uma recompensa de dez milhões de dólares por informações que levem à identificação e captura dos cinco cabecilhas.

Os elementos que estão no topo de prioridades das autoridades assumem os nomes de Professor, Reshaev, Tramp, Dandis e Target nas suas atividades online. As autoridades publicaram uma alegada fotografia que creem ser de Target. O anúncio da recompensa detalha que estão a ser procurados hackers ligados a governos estrangeiros e que possam ter desencadeado ações maliciosas contra infraestruturas críticas dos EUA. O gangue em questão dá pelos nomes de Conti, TrickBot ou Wizard Spider, entre outras nomenclaturas.

Esta foto é a primeira que o governo dos EUA alguma vez teve de um ator malicioso associado ao Conti”, afirma uma fonte das autoridades à Wired.

Um especialista em cibersegurança ucraniano publicou, há alguns meses, mais de 60 mil mensagens internas do grupo Conti. Acredita-se que o gangue tenha mais de cem membros, cada um a trabalhar em departamentos individuais. Segundo as mensagens, os elementos pedem por férias, são pagos de forma regular e são bastante profissionalizados na abordagem de extorsão às vítimas.

Muitos dos elementos do Conti serão russos ou de regiões limítrofes e o crê-se que o grupo esteja a atuar a soldo do governo de Putin.

“O Conti já assumiu publicamente a sua ligação com governos estrangeiros, especificamente o suporte ao governo russo”, acusa a major da Força Aérea Katrina Cheesman, porta-voz da Cyber National Mission Force.

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