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EUA declaram guerra aos ciberataques chineses

Nos últimos anos, a segurança cibernética tem-se tornado uma preocupação crescente para governos e organizações em todo o mundo. Recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) anunciou uma mudança significativa nas suas prioridades, colocando o combate às ameaças cibernéticas e outras ameaças provenientes da República Popular da China no topo da sua lista de preocupações, pelo menos até ao final de 2025.

A China tem sido acusada de realizar inúmeros ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas dos EUA, com um foco particular em endpoints expostos à internet em instalações de água. Estes ataques não só comprometem a segurança dos sistemas, mas também colocam em risco a saúde pública e a segurança nacional.

O DHS está a tomar medidas para reduzir a dependência de satélites para comunicações, combater os riscos associados à inteligência artificial, eliminar vulnerabilidades na cadeia de abastecimento e preparar infraestruturas críticas para serem resilientes às mudanças climáticas.

Num comunicado recente, o Secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, destacou a importância da infraestrutura crítica para a segurança nacional, económica e pública. “Desde o sistema bancário até à rede elétrica, passando pelos cuidados de saúde e pelos sistemas de água do nosso país, dependemos do funcionamento fiável da nossa infraestrutura crítica como uma questão de segurança nacional, segurança económica e segurança pública”, afirmou Mayorkas.

Ele acrescentou que as ameaças enfrentadas pela infraestrutura crítica exigem uma resposta de toda a sociedade e que as prioridades estabelecidas no memorando do DHS guiarão esse trabalho. Mayorkas expressou a sua intenção de continuar a colaboração com parceiros em todos os níveis de governo e no setor privado para garantir a segurança de todos os americanos.

Além das ameaças à segurança nacional, o DHS também está preocupado com outras atividades chinesas nos mercados financeiros, na indústria e na espionagem tradicional, como o roubo de propriedade intelectual. A retórica crescente da China contra Taiwan levou os EUA a investir na diversificação da indústria de semicondutores fora de Taiwan, especialmente em território doméstico, através do ato CHIPS.

A Diretora da CISA, Jen Easterly, sublinhou a importância da colaboração estreita com os parceiros para garantir uma infraestrutura crítica mais segura e protegida. “Através de uma colaboração estreita com os nossos parceiros, a CISA e o Departamento estão a trabalhar para uma infraestrutura crítica mais segura e protegida, para garantir o funcionamento do governo, a entrega de serviços essenciais e a proteção do povo americano”, afirmou Easterly.

O DHS está a adotar uma abordagem proativa para enfrentar estas ameaças, reconhecendo que a segurança cibernética é uma responsabilidade compartilhada que requer a cooperação de todos os setores da sociedade. A preparação para o futuro envolve não só a defesa contra-ataques cibernéticos, mas também a construção de resiliência contra uma variedade de ameaças, incluindo as mudanças climáticas.

A mudança de prioridades do DHS reflete a crescente importância da segurança cibernética no mundo moderno. À medida que as ameaças cibernéticas continuam a evoluir, é crucial que governos e organizações se mantenham vigilantes e preparados para enfrentar novos desafios. A colaboração entre o setor público e privado será essencial para garantir a segurança e a resiliência das infraestruturas críticas.

Em conclusão, a decisão do DHS de priorizar o combate às ameaças cibernéticas da China sublinha a gravidade da situação e a necessidade de uma resposta coordenada e abrangente. À medida que avançamos para um futuro cada vez mais digital, a segurança cibernética continuará a ser uma prioridade fundamental para garantir a segurança nacional e a proteção dos cidadãos.

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