A Multipla realizou um estudo recentemente em que 64 por cento dos utilizadores angolanos confirmaram que preferem contratar os “serviços de cloud” a empresas internacionais, casos da Google, AWS e Microsoft, apesar de haver empresas nacionais como a ITA, Múltipla e MSTelcom, que proporcionam o mesmo serviço com altos índices de fiabilidade e segurança digital.
Já do ponto de vista do utilizador, o estudo revelou que as “questões de segurança e privacidade” são as que mais impacto têm, não só na hora de escolher um provedor, mas também de decidir contratar serviços de cloud. A “nuvem” guarda a informação dos usuários em sistemas externos à empresa ou instituição que a contracta, ao contrário dos Data Centers, onde os dados não saem do controlo dos seus proprietários. Esta característica tem gerado discussões sobre se esta tecnologia é ou não segura.
O estudo “Cloud Service Survey 2020” realizada pela Multipla aponta que mais de 90 por cento dos participantes acredita que a “nuvem” é uma “ferramenta para o desenvolvimento económico de Angola”. Desenvolvimento que os analistas do sector acreditam que poderia ser ainda mais impactante se os provedores nacionais tivessem maior protagonismo.
Os analistas da Multipla confirmam que apesar destas questões, este mercado ainda pequeno tem um potencial muito grande, para quem “a gestão e operação dos dados será cada vez mais importante para o desempenho e aumento de “performance” das empresas, necessitando, por isso, criar a “função de responsável de dados informáticos”.
O estudo “Cloud Service Survey 2020” refere outros dados, como a baixa incidência de serviços de cloud a nível do continente. Concentram-se sobretudo na África do Sul, na Cidade do Cabo e Joanesburgo. “As regiões com maiores níveis de penetração de serviços também têm os maiores taxas de conectividade, densidade de cabos submarinos, Data Center e pontos de troca de tráfego”, explica.