Especialistas angolanos são de opinião que deve-se criar mais debates e promoção de soluções digitais que sejam capazes de transformar o sistema actual de governação nacional, tornando-o mais eficaz e eficiente.
Essa idéia veio no Fórum sobre Modernização Administrativa, onde para o director-geral do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Lopes Afonso, deve-se garantir um sistema de governação menos oneroso e participativo.
“Com o incremento do uso das novas tecnologias, a capacitação e valorização dos recursos humanos em todas as áreas que se revelarem necessárias a um desempenho de alta qualidade do Estado, certamente Angola estará habilitada a continuar a dar passos firmes para o desenvolvimento nacional”, disse Lopes Afonso.
“Mesmo individualmente, muitas vezes por falta de cultura, não sabemos que estamos a ser atacados”, reforçando que são gastos biliões de dólares em cibersegurança a nível mundial.
“Às vezes temos vergonha de dizer que fomos atacados, incluindo os bancos e não divulgamos para não assustarmos os clientes e não se sintam ameaçados”, informou Pedro Teta, sublinhando a existência de um organismo de protecção de dados.
Ainda no evento, o PCA da Angola Cables e que também já dirigiu Serviço de Tecnologia de Informação do Ministério das Finanças, Augusto Mota de Carvalho recordou que na época o Ministério sofria mil ataques por segundo. Referiu que os hackers não penetravam, porque o Ministério tinha apostado na segurança dos seus sites e muita gente criticava, porque pagava-se muito caro.
“Não se pode vacilar com a segurança, é coisa séria e não se pode brincar com a soberania de um país”, disse Mota de Carvalho.