O investimento em soluções tecnológicas é a única forma das empresas angolanas se prevenirem de ataques cibernéticos de modo a proteger os negócios, de acordo com o engenheiro de redes e segurança cibernética, Carlos Chincunda.
O especialista que falava numa palestra subordinada ao tema “Sobreviver a ciberataques, uma decisão urgente”, à margem da última edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), informou que o custo para as pequenas e médias empresas nacionais restaurarem um serviço contra um ataque cibernética DDos custa em média 120 mil dólares.
“Só nos últimos tempos foram detetados mais de 5000 ataques cibernéticos a empresas angolanas”, disse Carlos Chicunda, reiterando ainda que Angola é o segundo país a nível de África onde as empresas mais sofrem ciberataques representando 20 por cento, para quem todos os dias estas instituições sentem interrupções nos seus serviços.
“Os ataques informáticos mancham negativamente a reputação das empresas, os clientes não conseguem efectuar transacções, os parceiros tem dificuldades em enviar mensagens, além da infraestrutura danificada”, identificou.
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O Shields2Africa, sistema informático contra ataques cibernéticos do país e que tem a capacidade para evitar futuros ataques cibernéticos, ao ponto de o tornarem o segundo com o maior índice em África e o quarto no mundo, é na opinião do Engenheiro uma solução que funciona como um escudo, com automatismos capazes de detectar, reportar e mitigar em tempo real ataques cibernéticos à escala global, com suporte à inteligência artificial (AI) o mais próximo possível da origem do ataque.
Sendo assim, para Carlos Chicunda, o Shields2Africa é uma amostra que a Angola Cables está a trabalhar na revolução digital não só em Angola mas em toda em todo o continente africano.
O especialista ressaltou também que o mercado angolano tem atraído pessoas de má fé e competidores que pretendem manchar a imagem e as telecomunicações angolanas, sublinhado que “os ataques cibernéticos vão aumentar e não há remédio senão a prevenção e manter firme os negócios”.
Para Carlos Chicunda, os ataques de DDOs são cada vez mais frequentes, complexos e destrutivos para infra-estruturas dos utilizadores e provedores.