Carlos Gando, Diretor-Geral da MCTi, empresa de treinamento, consultoria e suporte em tecnologias de comunicação, defendeu a urgência de capital humano qualificado e com competência técnica para corresponder aos desafios do sector das telecomunicações.
O especialista que falava em exclusivo ao jornal Mercado, disse que devem ser quadros que dominem a matéria, além da criação de recursos ao nível de infraestrutura, que para tal sugere sinergias entre o Governo Angolano e classe empresarial privada.
“Se o Executivo dinamizasse essa questão seria muito bom, nós como empresa de formação estamos a mostrar aquilo que é a experiência porque damos auxilio na implementação de todas essas tecnologias“, informou o Diretor-Geral.
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Sobre a transição digital em curso na administração pública angolana, Carlos Gando frisa ser uma “boa dinâmica”para o mercado, visto que assim vai ser possível descentralizar os serviços, bem como combater as atuais filas enormes.
“A transição digital envolve cultura organizacional, que as pessoas conheçam o que é essa transformação digital, quais são os processos até chegarmos lá“, reiterou.
Quanto a fazer uma avaliação do mercado tecnológico em Angola, o responsável da MCTi explicou que antigamente só empresas estrangeiras trabalhavam com “treinamentos Microsoft”, mas hoje em dia já existem empresas nacionais focadas neste serviço, sublinhando a necessidade de melhoria em alguns aspetos.
“Precisamos melhorar ainda muito na qualidade e na entrega de serviços”, disse Carlos Gando, ressaltando que “a qualidade é um aspeto chave para se ganhar confiança dos potenciais clientes“.