De tempos em tempos as empresas, académicos e todos outros sectores envolvidos no mundo das telecomunicações precisam de reunir-se para apontar estratégias para o futuro. É a chance que a sociedade tem para plantar ideias benéficas para o desenvolvimento do sector de telecomunicações na mente das pessoas que realmente podem fazer alguma coisa em prol disso.
No dia 31 de Outubro, a empresa de consultoria Deloitte decidiu dar esse passo e reunir responsáveis pelas áreas técnicas e administrativas do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Angola Telecom, MS Telcom, Unitel, Movicel, ZAP, Multichoice, representantes de algumas universidades técnicas, entre outras. O lema do fórum foi “Telecomunicações ao alcance de todos” e para além de reunir o intervenientes do sector de telecomunicações, outro objectivo é providenciar um documento com sugestões para o futuro. Então, vamos a uma pequena descrição sobre o que se passou no primeiro dia do fórum?
A abertura do fórum esteve a cargo de José Carvalho da Rocha, Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação que falou sobre a estratégia do ministério, que passa por investir em tecnologia de banda, mais propriamente a fibra óptica, ou ainda o Infrasat (comunicação via satélite). Destacou ainda o investimento na governação electrónica, no surgimento dos parques tecnológicos (apontando o caso do ISUTIC), a massificação do uso de internet nas escolas e, não menos importante, a aposta no trabalho legislativo para o crescimento harmonioso das TIC em Angola, fazendo referencia ao Livro branco das TIC.
José Carvalho da Rocha, Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação
Em seguida a Deloitte apresentou o trabalho que tem feito para prever o futuro das Telecomunicações em África e no mundo, num painel denominado : Deloitte Predictions – “Futuro das Telecomunicações e Mídia no Mundo, África e Angola” e foi apresentado pelo Dr Miguel Antunes.
De entre os pontos importantes da apresentação, podemos reter que, em Angola, as comunicações móveis dominam e ponto final. São cerca de 76% do total de utilizadores moveis, sendo que para telefonia fixa temos 10%. A previsão é que em 2017 a taxa de crescimento seja de 5,7% , atingindo assim 12,7 milhões de utilizadores.
Primeira mesa redonda
Passamos então para a fase que todos estavam a espera, um frente a frente entre as empresas que operam no sector de telecomunicações. Na 1ª mesa redonda tivemos:
- Dr. José severino (Associação Industrial de Angola),
- Eng. José Fernandes (Universidade Católica de Angola),
- Eng. André Jimbe (Universidade Lusíadas de Angola)
- Safeca (Secretário de Estado para as Telecomunicações).
O tema desta mesa redonda foi: “Importância das Telecomunicações no Desenvolvimento Económico e Social de Angola”, moderado pelo Dr. Carlos Frias, membro da Deloitte.
Segunda mesa redonda
Uma mesa mais técnica, tivemos Angola Cables:
- Eng.º António Nunes (Angola Cables)
- Eng.º Duano Silva (Angola Telecom)
- Eng.º Eduardo Sebastião (Direcção Nacional das Telecomunicações)
- Eng.º António Zumbuca (Movicel)
- Eng.º Mario Oliveira (MS Telcom)
O tema dessa mesa redonda foi: “Os Desafios e Potencialidades das Redes de Nova Geração”, Moderadoro pelo Eng.º Sérgio Sousa, da Deloitte.
Terceira mesa redonda
O período da tarde foi reservado para os membros da comunicação social exporem as suas ideias para o sector. Os integrantes da mesa:
- Dr. David Russel (Multichoice )
- Dr. Vítor Fernandes (Televisão Pública de Angola)
- Dr. Guilherme Galiano (TV Zimbo)
- Eng.º Nuno Aguiar (ZAP)
O tema desta vez foi: “Importância das Telecomunicações na Comunicação Social: Infra-Estruturas, Conteúdos e Plataformas“, moderadoro pelo Eng.º Tiago Martins, da Deloitte.
Quarta mesa redonda
Para fechar o dia, tivemos a mesa redonda “Perspectivas de Crescimento e Novas Fontes de Receita”, os participantes foram:
- Dr. Miguel Eiras Antunes ( Moderador da Deloitte)
- Eng.º João Silva Domingos (Angola Telecom)
- Eng.º Diogo Manuel (MS Telcom)
- Eng.º Jaime Ferreira (NetOne)
- Eng.º Carlos Brito (Startel)
Conclusão
O evento contou com a participação de mais de 150 espectadores que tiveram a chance de ouvir e questionar os principais executivos e técnicos responsáveis pelas decisões mais importantes sobre Telecomunicações em Angola. É óbvio que nada mudará de um momento para outro, é necessário que as conclusões de fóruns do género sejam tidas em conta na hora de elaborar leis e aprovar orçamentos para novos projectos.
Espera-se que em 2014 estes intervenientes reúnam-se novamente e planeiem os próximos passos, sempre a pensar na melhoria da qualidade de serviço e na satisfação do cliente final, esse sim é o mais importante.
Bom, hoje é a segunda parte do fórum, fiquem atentos.
Mais fotos do evento
Assim acaba a cobertura da primeira parte do Telecom Fórum 2013.