O Ensino Superior angolano vai contar com a criação de um repositório científico nacional on-line, para dar melhor e maior visibilidade a criação científica de autores angolanos, segundo palavras da ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação (MESCTI), Maria do Rosário Bragança.
De acordo com a Ministra, actualmente mais de 600 bibliotecários, jovens, investigadores, editores de revistas e académicos angolanos já foram formados e foi criado um Repositório Nacional de Acesso Aberto para Angola, tendo como objectivo o Plano de Acção de Buenos Aires para a Promoção e Implementação da Cooperação Técnica entre países em desenvolvimento, a cooperação Sul- Sul.
Essa cooperação é impulsionada pela reunião, partilha e utilização de recursos técnicos e outros do Sistema de Informação Científica Redalyc, a partir da universidade Autónoma do Estado do México.
“Este projecto congrega vários esforços que convergem para a sua criação de acesso aberto para Angola, sendo que a concretização do projecto está alinhado ao alcance dos objectivos gerais da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022”, disse Maria do Rosário Bragança, que falava durante a reunião de apresentação e analise da implementação do referido projecto.
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Ainda no seu discurso, a mandatária do MESCTI indicou que com a criação deste repositório científico nacional on-line, as publicações científicas, entre artigos e teses, estarão disponíveis para o acesso do público, dando maior valor e credibilidade a esses trabalhos.
Foi avançado também que o projecto vai contribuir na criação e reforço da base material, através do acervo bibliográfico e bibliotecas on-line, bem como para a cooperação científica e tecnológica entre as universidades angolanas e estrangeiras, e onde o enquadramento do repositório processa-se através do cumprimento do programa da melhoria da qualidade do ensino superior e do desenvolvimento da investigação científica, que prevê como acção prioritária criar e operacionalizar a plataforma de divulgação, partilha e acesso a dados.
Por outro lado, Ana Maria Oliveira, representante angolana na UNESCO e que esteve presente também na reunião, informou que o acesso universal a informação é uma das condições fundamentais para construir as sociedades democráticas e inclusivas, acrescentando que o desenvolvimento do acesso aberto a informação, exige mudança científica relevante na cultura, metodologia, construção de infra-estrutura, partilha e confronto de novas ideias e resultado, comunicação e distribuição eficiente do conhecimento científico.
A diplomata frisou ainda que considera ser importante aumentar a taxa de acesso à internet e serem disponibilizados preços acessíveis, acompanhados de investimentos estratégicos em indivíduos, bem como a criação de politicas para regular a pratica da ciência aberta nesses países.
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