Menos Fios

Empresas devem preparar-se para a era da IA, defende especialista

Com a nova era das tecnologias digitais é inevitável e as empresas e a sociedade, de uma maneira geral estarem conscientes e preparadas para os novos tempos assentes na Inteligência Artificial (IA), defende William de Oliveira, director geral da TIS Angola.

O gestor que falava no VII Fórum Telecom do Expansão, frisou que para isso é necessário que haja investimentos massivos em formação, proceder uma revisão urgente dos planos estratégicos, definir novos serviços e modelos de negócios baseados em IA.

A aposta na tecnologia, apesar de ser um investimento caro, acaba sempre por trazer melhorias enormes nos processos das empresas, tornando-as mais eficazes, impactando positivamente nas operações das empresas. Entretanto, esta aposta nas infraestruturas tecnológicas deve ser acompanhada de outras medidas internas e com aposta na qualificação das pessoas para adopção de tecnologias emergentes com a IA.

Além destes desafios, a adopção da IA está também, logicamente, associada aos investimentos iniciais que têm de ser feitos.

A Inteligência artificial tem custos envolvidos, seja custos de formação, seja custos de implementação, que são muito altos. Portanto, é preciso consideração que o investimento é um desafio do sector. IA, na sua plenitude, não é algo barato. Não no conceito pleno”, referiu o especialista.

MAIS: África deve apostar em tecnologias espaciais para conectar população desconectada

Outro desafio importante elencado pelo especialista tem a ver com o gerenciamento de dados, que precisa ter a qualidade necessária para que os algoritmos de Inteligência Artificial apresentem análises com qualidade aceitável. Além do facto de estes dados serem seguros, já que o “aumento da interconectividade e uso intensivo de IA elevam os riscos de ameaças cibernéticas” e exigem “investimentos contínuos em segurança”.

O consumo de energia e impacto ambiental também é desafiante nesta nova era das tecnologias. “A IA exige altos consumos de energia para processar dados, o que aumenta os custos operacionais. Além disso, o consumo energético da IA contribui para a emissão de carbono e impacta o meio ambiente, um desafio para a sustentabilidade”, referiu.

O consumo de energia é um facto e uma preocupação importante hoje. Por exemplo, a OpenAI [empresa que desenvolveu o ChatGTP], até agora não é ainda uma empresa lucrativa. Ela ainda não atingiu o break even . Um dos principais custos da OpenAI é com infraestrutura e processamento e, logicamente, a alta demanda de recursos”, explicou William Oliveira.

Em termos práticos, a implementação de ferramentas de Inteligência Artificial requerem também recursos informáticos robustos e infraestruturas de apoio como electricidade para responder a essa necessidade.

Do ponto de vista mais pessoal e de sociedade, William de Oliveira referiu que existem também desafios, nomeadamente, a preocupação com a privacidade, assim como cultural.

A mudança cultural é um facto. Uma nova tecnologia traz consigo um desafio que permeia toda a sociedade, e é assim no mundo todo. Além da questão regulamentar de utilização da IA de uma maneira mais efectiva, que tem sido discutida muito em todos os países e na sociedade, que à medida que se desenvolvem e se aprimoram as ferramentas de IA conquista mais entusiastas, até mesmo os mais conservadores e receosos de um futuro que parece inevitável.

Exit mobile version