Os empresários angolanos sublinharam que as empresas nacionais devem emigrar para o digital, de modo a permitir otimizar e automatizar o processo de produção, principalmente no sector industrial.
Segundo os preletores, que falavam na conferência sobre “O futuro da digitalização da Indústria em Angola”, realizada na Expo-indústria/2023, frisaram que a digitalização permite conhecer o sector e melhorar a capacidade produtiva da empresa.
“Nota-se muitos empresários com vontade de aplicar as tecnologias. É o momento oportuno para o país e as empresas migrarem. A tecnologia pode ajudar a reduzir o impacto ambiental. O futuro da digitalização angolana é brilhante”, disse o diretor da Cegid Primavera para a região Ibérica, América Latina & África Lusófona, Santiago Solanas.
Por isso, o gestor defende que a digitalização nas empresas é uma realidade, sendo que a aceleração do processo de transformação digital mostrou que o desenvolvimento da tecnologia é a condição básica para que empresas se mantenham competitivas.
Para garantir a sobrevivência dos negócios, continuou, as organizações são obrigadas a migrar para o digital.
Já o empresário José Simões, que também participou no debate, reiterou que é necessário acompanhar a nova dinâmica que o Governo vai introduzindo para digitalização, bem como deve-se ajudar as empresas a ter ferramentas que possam monitorizar os seus processos produtivos, tendo processos mais simples do que complexos.
“A empresa angolana tem que perceber que cada vez mais que o valor vai ser dado pelo mercado, vamos ter que trabalhar a parte dos custos internamente. Se o empresário começar a medir o desperdício e perceber variações, primeiro vai tentar conhecer as causas e reduzi-las, depois tentar valorizar”, afirmou.
Quem também esteve presente no debate foi o responsável da indústria do Grupo Carrinho, Joaquim Coimbra, que destacou a aposta em tecnologia de ponta para poder garantir que os produtos “saiam com qualidade e de forma mais rápida para o consumidor final”.
“A mudança digital é muito importante porque o industrial não pode perder tempo para ir atrás de coisas pequenas que poderia ter resolvido num clique, podendo ter a perceção que necessito para se ter aquilo que se necessita para produção, permitindo ter mais autonomia e eficiência nos nossos processos”, enfatizou.
A 5ª edição da Expo-indústria/2023, que decorreu de 29 de março até 1 de abril, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, teve lugar numa aérea de dois mil metros quadrados de exposição e conta com 238 expositores nacionais e internacionais.
Entre os principais sectores em exposição, destaca-se a construção civil com 22%, comércio e distribuição (12%), os sectores têxteis e restauração com 11% cada, artesanato (10%), petróleo e gás e o agronegócio com 8%, respetivamente, sendo a banca e seguros, a indústria imobiliária com cinco por cento cada