A Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) informou que o facto de a rede multicaixa apresentar uma distribuição geográfica “muito assimétrica, o que desfavorece as populações das periferias” é um dos motivos a longas filas para se ter acesso ao serviço, o que se tem visto nos últimos tempos na capital do país, Luanda.
Segundo a operadora, no seu levantamento referente a este período (outubro), a EMIS sublinha que a assimetria na distribuição geográfica da rede ATM (multicaixa) é uma consequência do facto de a mesma se ter desenvolvido agarrada à rede de agências bancárias.
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Sendo assim, os dados da EMIS referem que a percentagem de ATM offpermises (fora das agências) tem vindo a crescer, mas representa somente 15% do total de máquinas instaladas.
“Enquanto o desenvolvimento da rede de ATM estiver dependente do alargamento de balcões, a assimetria vai continuar a manter-se, porque o desenvolvimento de balcões é naturalmente lento e depende da atratividade do negócio bancário, em cada município ou mesmo região”, avalia o relatório da EMIS.
Numa perspetiva mais alargada, o município de Luanda detém o maior número de ATM com mil e seis caixas, seguindo-se pelo de Belas com 494, Viana com 282, Cazenga com 114, Icolo e Bengo com 15 e a Quiçama com apenas três, segundo dados da EMIS.