Edward Snowden, o antigo analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos que tornou públicos detalhes sobre os sistemas de vigilância do governo norte-americano sobre os cidadãos, afirmou no Twitter que, o Facebook obtém as suas receitas ao explorar e vender detalhes íntimos sobre a vida privada de milhões de utilizadores, muito além dos escassos detalhes que voluntariamente as pessoas publicam.
Facebook makes their money by exploiting and selling intimate details about the private lives of millions, far beyond the scant details you voluntarily post. They are not victims. They are accomplices. https://t.co/mRkRKxsBcw
— Edward Snowden (@Snowden) March 17, 2018
Embora o Facebook tenha reconhecido a quebra de segurança, Edward Snowden diz que a rede social faz dinheiro ao recolher e vender registos detalhados de vidas privadas que eram antigamente descritos como empresas de vigilância. A sua reinvenção enquanto redes sociais é o engano mais bem sucedido desde que o Departamento de Guerra mudou de nome para Departamento de Defesa.
Businesses that make money by collecting and selling detailed records of private lives were once plainly described as "surveillance companies." Their rebranding as "social media" is the most successful deception since the Department of War became the Department of Defense.
— Edward Snowden (@Snowden) March 17, 2018
Quando em 2010 abriu o Facebook ao mercado, Mark Zuckerberg anunciou, triunfante: “Ao dar às pessoas o poder de partilhar, oferecemos a oportunidade de fazer com que as vozes de todos sejam ouvidas a uma escala surpreendente. Estas vozes vão crescer em número e em volume. Não vão poder ser ignorada.”
Snowden tem republicado tweets que acusa o Facebook de só reconhecer a quebra de segurança quando soube que a imprensa estaria prestes a noticiá-la, tendo guardado segredo desde 2015.