Angola e a Federação Russa assinaram, em Luanda, um protocolo complementar ao contrato de fabricação do Angosat-1, que tem como base a construção de um novo satélite geoestacionário para o país, até 2020. O acordo foi assinado pelo secretário de Estado para as Telecomunicações, Mário de Oliveira, e pelo chefe da delegação russa para a questão do contrato, Mikhail Bjchkov, antes da conferência de Imprensa convocada para dar o ponto de situação do Angosat-1.
Porque o Angosat-2?
Trata-se de uma compensação imposta pelo contrato do Angosat-1 que, apesar de continuar em órbita, não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado. A compensação traduz-se na atribuição, sem qualquer custo para Angola, de 216 Megahertz na Banda C, e 216 Megaheartz na Banda Ku, enquanto o Angosat-2 estiver em construção, para suportar todos os serviços necessários.
Com essa medida, Angola poderá beneficiar de todos os serviços previstos pelo seu primeiro satélite geoestacionário, com normalidade, apesar dos constrangimentos do Angosat-1. À luz desse protocolo complementar, técnicos russos iniciam, na próxima terça-feira (23), a construção do Angosat-2.
Não teremos o mesmo problema registado no Angosat-1?
Para evitar os mesmos constrangimentos técnicos registados com o Angosat-1 (perdas de comunicação), José Carvalho da Rocha (Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação) disse que vão dar ao novo satélite uma capacidade superior, uma vez que Angola precisa hoje de mais serviços de internet e de dados.