Donald Trump, vai lançar a sua própria rede social – ‘TRUTH Social’- no primeiro trimestre de 2022, com o lançamento em versão beta já no mês de novembro.
O ex-presidente dos EUA disse que a sua rede social “enfrentará as big tech”, como o Twitter e o Facebook, que o impediram de aceder às suas plataformas na reta final do seu mandato devido as suas declarações sobre a invasão ao Capitólio, avança a Reuters.
De acordo com um comunicado de imprensa que foi divulgado, a TRUTH Social será criada através de uma nova empresa formada pela fusão do Trump Media and Technology Group e uma empresa de aquisição especial (SPAC).
“Vivemos num mundo onde os talibãs têm uma grande presença no Twitter, mas onde ex-presidente norte-americano foi silenciado. Isso é inaceitável”, pode-se ler no comunicado.
Donald Trump acrescentou que está “animado para enviar o primeiro TRUTH no TRUTH Social muito em breve. A TMTG foi fundada com a missão de dar voz a todos. Estou animado para em breve começar a partilhar as minhas ideias sobre a TRUTH Social e lutar contra as Big Tech”.
A rede social terá o seu lançamento em versão beta previsto para o mês de novembro, e o seu lançamento final previsto para o primeiro trimestre de 2022, onde é a primeira das três etapas nos planos da empresa, seguida por um serviço de vídeo streaming por assinatura chamado TMTG + que transmitirá entretenimento, notícias e podcasts, continua o mesmo comunicado.
De referir ainda que numa apresentação no portal oficial, a mesma empresa prevê eventualmente competir com o serviço de nuvem AWS da Amazon e com o Google Cloud.
“Por muito tempo, as Big Tech suprimiram as vozes conservadoras”, disse o filho do ex-presidente, Donald Trump Jr., à Fox News numa entrevista. “Esta noite o meu pai assinou um acordo definitivo de fusão para formar o que será o Trump Media and Technology Group e o TRUTH Social – uma plataforma para que todos expressem os seus sentimentos.”
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Twitter, Facebook e outras plataformas de rede social baniram Trump dos seus serviços após centenas dos seus apoiantes terem protestado, e posteriormente invadido, o Capitólio dos EUA a seis de janeiro de 2021. Esse protesto aconteceu na sequência de um discurso de Trump no qual o ex-presidente dos EUA falsamente alegou que a sua derrota nas eleições de novembro foi devido a uma fraude generalizada, uma afirmação rejeitada por vários tribunais e funcionários eleitorais estaduais.
O negócio fará com que o grupo Trump Media & Technology seja listado no índice tecnológico Nasdaq através de uma fusão com a Digital World Acquisition Corp, uma firma de aquisição de liderada pelo ex-banqueiro de investimento Patrick Orlando.
O Trump Media & Technology Group receberá 293 milhões de dólares (251,6 milhões de euros) da Digital World Acquisition Corp, supondo que nenhum acionista da empresa de aquisição opte por resgatar as suas ações, de acordo com o comunicado.
As empresas disseram no comunicado que a conclusão da fusão está sujeita a resgates que não excedam um requisito mínimo de caixa acordado. A declaração não revelou qual é a exigência, embora esse detalhe esteja normalmente contido num documento regulatório que deve seguir esta quinta-feira.