Os líderes africanos, que participaram na edição de 2024 do Angotic, foram unânimes a afirmar que é preciso um investimento mais robusto para aumentar a inclusão digital e soberania tecnológica dos africanos.
Para os dirigentes, o continente africano depara-se com uma baixa penetração da internet, situada, em média, à volta dos 49,5%, de acordo com a Statista, plataforma alemã que mede os planos de internet.
África tem também de superar o desafio no acesso a equipamentos tecnológicos, nomeadamente telemóveis, que permitem estar conectado à rede global. Para Félix Mutati, Ministro da Ciência e Tecnologias da Zâmbia, deve-se apostar no capital humano africano para potenciar “a soberania tecnológica de África” e impulsionar o desenvolvimento económico.
No seu discurso no principal evento de tecnologia de Angola, o diplomata reitera ainda que os líderes africanos devem continuar a traçar políticas que impulsionam a inclusão e acesso às novas tecnologias.
“A Zâmbia está a contar com o apoio da Starlink para aumentar a inclusão e democratizar a internet“, disse Félix Mutati, acrescentando que os países no continente têm de criar espaço para a entrada de parceiros privados no sector já que “as tecnologias, principalmente a Inteligência Artificial, são comboios em alta velocidade, que África não deve deixar passar“.
A Starlink, projeto da SpaceX de Elon Musk, que desenvolve a constelação de satélites de baixo custo, está disponível naquele país desde o último trimestre de 2023.
“Os africanos têm também de criar tecnologias mais adaptadas à forma de ser e estar do africano, para garantir uma autonomia e soberania tecnológica“, concluiu o Ministro.