Os custos provenientes dos cibercrimes podem chegar aos 10,5 triliões de dólares até ao ano de 2025, de acordo com o relatório da CyberSecurity Ventures, citado pelo analista angolano em Perícia Digital e Protecção de Dados, Hélio Pereira, revela o jornal Economia & Mercado.
Segundo o estudo, nos últimos 30 anos a economia mundial foi duramente afectada nos modelos de geração e acumulação de riqueza, o que fez com que os dados “se tornassem na maior riqueza do mundo”.
Tendo isso como base, na opinião do especialista angolano, os dados são uma espécie de “novo petróleo”, sendo as tecnologias de informação e comunicação o seu propulsor, factores esses que têm contribuído para o aumento de invasões de muitos sistemas informáticos. Hélio Pereira é de pensamento que os líderes de negócios “não podem continuar a confiar” apenas em soluções de segurança cibernética prontas para usar, como são os casos de softwares anti-vírus e firewall, visto que os criminosos cibernéticos têm aprimorado as técnicas de invasão, tornando-as “mais inteligentes”, criando também tácticas “mais resistentes as defesas cibernéticas convencionais”.
“Globalmente, o número de violações de dados, em 2021, ultrapassou o de 2020” disse Hélio Pereira, em entrevista para a revista angolana, onde ainda destacou que em Outubro de 2021 se registaram 1.291 violações de dados, contra 1.108 em 2020.
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De referir ainda que, impulsionadas pela conectividade global e o uso de serviços em nuvem, infelizmente alertou contra o risco inerente e que tem aumentado nos últimos tempos.
Por fim, o também CEO da Cybersecur, diz que a configuração deficiente e a insegurança generalizada de empresas de serviços em nuvem, combinada com acções cada vez mais sofisticadas dos criminosos informáticos, o que são claros sinais que apontam para o aumento do risco de ataques cibernéticos ou a violação de dados de empresas.
“quando as empresas têm consciência das implicações e estão bem equipadas e preparadas, podem lidar com ameaças com mais eficiência, por isso o investimento em ciber-segurança é primordial porque vai garantir um diferencial competitivo”, acrescentou Hélio Pereira