A descentralização dos serviços públicos em Angola passa pela inclusão digital, segundo o Presidente do Conselho de Administração do Instituto de apoio às Micropequenas e Médias Empresas (INAPEM), João Nkosi.
O PCA que falava no encerramento de um workshop sobre a Inclusão Digital e do Género em Micronegócios, realizado no Museu da Moeda, em Luanda, destacou a importância da era digital nos negócios formais informais e a descentralização dos serviços da atividade económica do país, como alavanca de promoção da inclusão digital e financeira.
“Não podemos pensar que a inclusão digital e financeira ocorre apenas em Luanda, nós temos 164 municípios, 18 províncias, por isso temos de apostar na capacitação de todos os operadores deste ecossistema. Reparem que, os vencedores da última edição do Startup Summit 2023, organizado pelo MEP, foram jovens criativos da província da Huíla, isto é um sinal claro de que devemos cada vez mais descentralizar os serviços como forma de promover o crescimento e o desenvolvimento sustentável nas comunidades”, disse.
Ainda sobre a questão da descentralização dos serviços, João Nkosi frisou a recente medida adotada pela entidade que dirige, nomeadamente a descentralização da emissão dos certificados de empresa.
“Recentemente, tomamos a decisão de descentralizar a emissão Certificação de Empresa, hoje, em qualquer parte de Angola, o empresário da Maquela do Zombo, da Humpata ou do Cuíto, pode solicitar o seu certificado de empresa e aderir aos vários benefícios fiscais de acordo com a lei nº 8/22 de 14 de abril, portanto, estamos a falar de iniciativas concretas que fomentam a inclusão digital e concorram para a melhoria do ambiente de negócios”, reiterou.
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O responsável do INAPEM destacou também um elemento crucial para fortificar a inclusão digital, que é a articulação da comunicação entre os vários atores da cadeia.
“É fundamental saber como as startups baseadas em Luanda estão a se comunicar com as demais localizadas fora de Luanda. Nós temos áreas do INAPEM que tem facilitado este contactado, precisámos integrar outros serviços da administração pública que operam no referido sector, incorporando medidas simplificadas que estimulem a aproximação das MPMEs aos serviços públicos”, salientou.
De informar que o workshop pelo PNUD e o BNA, em parceria com o INAPEM, juntou membros do governo angolano, empresários, aceleradoras, startups e figuras de instituições internacionais, visou promover maior uso dos meios digitais na gestão de negócios, fortalecer as competências dos empreendedores na relação com os clientes e na promoção dos produtos e serviços, por intermédio dos diversos recursos digitais, abordando temas como a inclusão financeira dos agentes dos micronegócios, os desafios da reconversão da economia informal e a emancipação das mulheres na economia circular.