O Banco Nacional de Angola (BNA) tem vindo a desenvolver várias iniciativas com vista à modernização dos sistemas de pagamento visando, essencialmente, o aumento da inclusão, segundo José Barata, Presidente Deloitte Angola.
Falando no lançamento da 17.edição do Banca em Análise, estudo que se tem assumido como uma das principais iniciativas da empresa, sendo uma referência para uma reflexão informada dos agentes económicos nacionais, o gestor salienta que o BNA tem realizado várias reformas com vista ao desenvolvimento dos pagamentos digitais em Angola, nomeadamente com o lançamento do Sistema de Transferências Instantâneas, bem como reforçar as condições para a difusão generalizada de meios de pagamento eletrotónicos e de suporte.
José Barata destaca ainda o Regulamento da Sandbox Regulatória, aprovado no último trimestre de 2022, o qual tem como objectivo proporcionar o desenvolvimento de soluções tecnológicas de pagamento inovadoras no sector financeiro, num ambiente controlado salvaguardado a mitigação de risco, a fim de impulsionar a inclusão financeira e garantir a estabilidade do sistema financeiro.
Quanto aos meios eletrotónicos de pagamento, a edição deste ano do Banca em Análise evidencia o crescimento muito sólido de vários indicadores associados a esta temática, em particular ao nível da utilização de terminais de pagamentos automáticos (TPA), que registou uma variação positiva próxima de 21% em 2022 e do número de Cartões MultiCaixa Emitidos (aumento de 13% em 2022). No que se refere à utilização das Caixas Automáticas (ATM), esta apresenta igualmente uma variação positiva em 2021, cerca de 11%, acima da variação registada em 2021 (mais 6%) que demonstra uma recuperação face à redução verificada no período pandémico.
O estudo mostra também que o canal interbancário Multicaixa Express (MCX) tem vindo a cimentar a sua popularidade com um crescimento na ordem dos 13,7% em 2022, em termos de transações.
Em termos de montantes movimentados pelo MCX, o mesmo já movimenta um valor superior ao montante transacionado em TPAs, com um crescimento de 16,7% face a 2021, que se trata de um facto assinável e gostaria de enaltecer o papel da EMIS neste quesito.
Adicionalmente, a edição deste ano do estudo, analisa a evolução das transações efetuadas através de homebanking (H2H -Host to Host), que inclui o mobile banking e internet banking, canais que têm vindo a registar um crescimento mais moderado e bastante abaixo dos restantes canais de pagamento como o Multicaixa Express ou transações em ATMs.