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Analisou-se também os sites mais procurados no continente bem como em Angola após anúncio do lockdown por diferentes governos/países. No final, olhamos rapidamente para alguns dados no continente Europeu e Americano sendo que maior parte das aplicações e serviços de hospedagem detém as suas infraestruturas core nestas regiões.
O que viu-se nos últimos dias:
- Latência é a nova moeda;
- Tele-trabalho e tele-aulas de forma massiva;
- Massiva utilização de ferramentas para reuniões virtuais (Zoom, Bluejeans, Google Hangouts, etc);
- “Lives” no instagram e mais visualizações de vídeos no Youtube;
- Serviços de Cloud a fazerem a diferença na altura da pandemia;
Nenhum dos pontos acima seria possível sem as consideradas “infraestruturas críticas” que são: IXP(s) ou melhor pontos de troca de tráfego e Datacenters.
Dados de IXP(s):
Olhando para o início de Maio/2020 até 30 de Abril/2020, vemos que o maior ponto de troca de tráfego Africano anunciou:
No dia 05 de Março de 2020, 10 dias antes do presidente da África do Sul declarar um desastre nacional, a NAPAfrica anunciou um marco importante. Ele havia visto tráfego de pico combinado de mais de 1 Tbps através de suas trocas em Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo. No dia seguinte depois do Presidente Ramaphosa ter anunciado que a África do Sul entraria em um período de bloqueio de três semanas, o pico de tráfego da NAPAfrica em todos os seus pontos de troca de tráfego estava em torno de 1.04Tbps, e no dia 25 de Março de 2020, o pico da noite no NAPAfrica ultrapassou 1,1Tbps. É importante ainda salientar que, Este ponto de tráfego conta com 700 redes interligadas nas três cidades.
O segundo maior ponto de troca de tráfego em África o IXPN na Nigéria/Lagos durante a semana 14 (entre 30 de Março a 3 de Abril) atingiu o seu maior pico de tráfego de 193.3 Gbps.
O Angonix em Angola teve o seu maior pico de tráfego no dia 24-03-2020 onde atingiu 17.2Gbp/s.
Ou para debate 20Gbp/s entre a semana 14 e 15 (30 de Março a 10 de Abril).
O TIX IXP da Tanzânia teve na semana 14 o seu maior pico de tráfego ~10.1Gbp/s.
Mas nem tudo são boas notícias e há que se agradecer a transparência por parte dos responsáveis do UIXP no Uganda por mostrarem o oposto e algo que ainda se vive no nosso continente. O UIXP em vez de ver um pico durante o COVID-19 como vimos nos exemplos anteriores, o UIXP faz referência que maior parte do tráfego para o Youtube caiu sendo que os usuários acediam a esta página através dos escritórios.
No gráfico abaixo é notável um decréscimo no tráfego entre a semana 13 e 14 a assim continuara até o lockdown terminar.
Análises:
- Dos casos/países acima analisados e de acordo com a alexa.com os (2) primeiro sites mais vistos são: www.google.com e www.youtube.com | Ambos sites são armazenados no GGC (Google Global Cache). Estes Edges estão espalhados a volta do mundo para garantir melhor experiência ao usuário final.
- Maior parte dos IXP(s) analisados tiveram um incremento de tráfego durante as semanas de lockdown;
- No Uganda como referido – a situação foi totalmente diferente, sendo que maior parte dos usuários utilizam a Internet dos escritórios para aceder a Google e ao Youtube;
Análises Internacionais:
Cloudflare em Angola:
- 24/03/2020 Escolas fechadas;
- 27/03/2020 Estado de emergência;
O DE-CIX Frankfurt chegou aos 9.1Tbp/s durante a semana de 11-03-2020.
O AMS-IX em Amsterdam anunciou o novo pico de 7.88Ybp/s no dia 22-03-2020
Conclusões:
- Não houve um “Break na Internet” como se esperava;
- O tráfego entre Março e Abril cresceu em quase todas as regiões analisadas neste relatório;
- Drivers do crescimento: Gaming,Video conferências Tele-trabalho, Tele-aulas e actualizações de softwares;