Conteúdo mais próximo do usuário em Angola

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Várias pessoas já me questionaram sobre as vantagens de termos alojamento local de CDN’s (content delivery networks) ou em português provedor de conteúdos.  Há 6-7 anos atrás quando voltei para Angola, o país apenas tinha um servidor da Google (GGC) que não funcionava de forma optimizada ou não tinha capacidade suficiente para atender a demanda dos usuários locais.

Quais são as vantagens de alojar os conteúdos localmente?

A explicação sobre as vantagens de se alojar conteúdos globais localmente é bem simples. Antigamente a pesquisa de um usuário no território nacional tinha que percorrer longas distâncias (ida e volta) em (sistemas submarinos ou satélite) até poder aceder aos conteúdos / destino / IP desejado. Hoje o paradigma mudou, sendo que Angola conta com o alojamento local de grandes CDN’s como por exemplo:

Rede global da Cloudflare (Laranja: novo ponto de presença, Lilás: ponto de presença existente)

Logo, com conteúdo alojado localmente, o Provedor de Serviços de Internet do usuário final percorre menos distâncias para encontrar e entregar o serviço com melhor qualidade a um valor acessível. Quando digo valor acessível, de lembrar que cerca de 10 anos atrás o custo P/Mbit (1Mb) residencial rondavam a volta de ~700 USD e com menos qualidade.

Latência (ms) diminui 10x para um usuário da Internet em Luanda para a Cloudflare. Fonte: Cedexis

A figura acima demonstra que antes da entrada do CDN Cloudflare em Angola a distância percorrida para se chegar ao DNS 1.1.1.1 por exemplo era de ~150ms. Com a implementação dos mesmos localmente a figura é totalmente diferente, baixando para até mesmo <5ms. O grande benefício para o usurário final é de poder ter um acesso instantâneo e com qualidade a sua pesquisa quer seja na rede fixa ou móvel.

A figura acima demonstra que antes as pesquisas (solicitação do usuário) eram feitas numa certa localidade e encaminhadas para a origem do conteúdo (CDN / OTT) responsável pelo o alojamento do conteúdo em específico. Como a arquitectura anterior (before) afectava na qualidade e no tempo de envio e recepção de informação, foi pensado no deplyoment de servidores Edges próximos dos usuários em diversas regiões para minimização de latências. Óbvio que, os servidores Edges normalmente são alimentados pelos principais Data centers onde ficam alojados todos os conteúdos possíveis e imaginários das CDN´s / OTT´s. Angola registou um aumento de 280 vezes nos usuários da Internet nos últimos 15 anos, crescendo para 6 milhões de pessoas na Internet. Este número já é maior do que a Dinamarca e cresce dez vezes mais rápido. Dito isto, ainda hoje, menos de um em cada quatro angolanos estão online, pelo que existe um enorme potencial para mais crescimento à frente.

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