O mundo todo é alvo constante de criminosos cibernéticos. Na tentativa de desabilitar computadores, roubar dados ou usar um sistema violado para lançar golpes adicionais, os hackers estão sempre a inovar com diferentes métodos. Malware, phishing, ransomware, man-in-the-middle são apenas alguns tipos de ameaças oriundas de um universo obscuro e perigoso.
Numa sociedade cada vez mais digital, as invasões tornaram-se sofisticadas e só aumentam. Além disso, visam sempre a uma pessoa, a uma organização ou a um país. O ano de 2022, por sinal, evidenciou ataques hackers a instituições e empresas de grande porte a nível mundial. Independentemente do tipo de ameaça, os prejuízos de toda a espécie podem acontecer. Dados sigilosos, da própria empresa e de terceiros, sempre ficam em jogo, sem contar os danos financeiros para recuperar o que foi perdido e, de facto, potencializar a segurança.
A fim de se atentar ainda mais a esse universo paralelo, que tal conhecer alguns dos principais grupos de cibercriminosos dos últimos tempos?
- The Shadow Brokers
Esse coletivo obteve os arquivos da NSA em 2013, supostamente extraídos de um servidor de teste da própria Agência de Segurança Nacional norte-americana. Isso incluía informações sobre todos os tipos de explorações de espionagem. Ninguém sabe ao certo onde o Shadow Brokers se origina, mas as teorias incluem um insider no grupo de Operações de Acesso Sob Medida da NSA.
- Lazarus Group
O misterioso Grupo Lazarus pode estar por trás do assalto que levou USD 81 milhões do Banco Central do Bangladesh, em 2016. Não se sabe muito sobre essa organização, quem está nela ou de onde opera, mas pesquisadores do fornecedor de segurança Kaspersky a rastrearam por mais de um ano. Entre as suas ações, o grupo implanta malwares especialmente desenvolvidos para burlar a segurança e, em seguida, fazer transações. Como dito, ninguém sabe ao certo o local de operação do Lazarus, no entanto, ao estudar uma coleção de amostras de malware, o Kaspersky encontrou uma conexão estranha com um servidor de comando e controle de um endereço IP “muito raro” na Coreia do Norte.
- Equation Group
O Equation Group refere-se à sombria Unidade de Operações de Acesso Sob Medida da NSA. O grupo ficou famoso por ser associado ao Stuxnet, um ataque altamente sofisticado (especialmente, no ano de 2010) que destruiu com sucesso as centrífugas nucleares do Irão, embora haja suspeitas de que a unidade tenha informado o ataque em vez de tê-lo perpetrado. Segundo a empresa Kaspersky, o grupo é “único em quase todos os aspetos das suas atividades”.
Usam ferramentas que são extremamente complicadas e caras para desenvolver bem como extraem dados e ocultam o trabalho de maneira “excecionalmente profissional”. O grupo mantém uma grande infraestruturas de comando e controle, localizada em mais de 100 servidores e 300 domínios, incluindo hosts em países como EUA, Reino Unido, Panamá, Costa Rica, Colômbia, Alemanha e Holanda.
- Carbanak/Fin7
O grupo chamado Carbanak era procurado por agências de polícia internacional há pelo menos cinco anos, devido ao roubo de USD mil milhões e a uma série de crimes cibernéticos e redes de caixas eletrotónicos hackeadas. Carbanak (também apelidado de Fin7) enviou campanhas de phishing altamente direcionadas, em outras palavras, spear phishing, para enganar funcionários de bancos a fazer o download de malware.
Desde o final de 2013, a gangue usou um tipo de malware próprio, Anunak e Carbanak, e depois uma versão modificada do software de testes de segurança chamado Cobalt Strike. O fornecedor de segurança americano FireEye observou que o grupo apontou a sua campanha de phishing à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.
É importante se informar sobre cibersegurança e investir em agilidade e proteção sempre – independentemente do porte e do segmento da empresa. Estar um passo à frente nessa questão pode evitar que invasores se aproveitem de brechas para propagar arquivos maliciosos e causar danos muitas vezes irreparáveis.