Para se preparar para o futuro do crime cibernético, as equipas de segurança devem permanecer vigilantes, pois a ameaça de agentes mal-intencionados continua a evoluir. As empresas e instituições devem entender o submundo do cibercrime e desenvolver estratégias para mitigar as ameaças para ficar à frente dos criminosos.
As organizações devem pesquisar incidentes de segurança anteriores e considerar o que as vítimas poderiam ter feito de diferente. Eles devem, então, pegar esse conhecimento e avaliar a sua superfície de ataque, identificar as áreas onde um agente mal-intencionado pode explorar pontos fracos ou obter acesso.
O futuro do crime cibernético é incerto, mas as organizações podem ajudar a se proteger de se tornarem a próxima vítima, e preparar-se para o pior.
Depois que uma organização identifica a sua superfície de ataque, ela deve garantir que as equipas de segurança tenham acesso à inteligência de ameaças relevante. A inteligência de ameaças ajuda as equipas a evitar agentes mal-intencionados, fornece dados atualizados sobre ameaças existentes ou emergentes.
As empresas devem educar os seus funcionários sobre as últimas tendências em crimes cibernéticos para estarem cientes dos riscos potenciais associados às suas atividades diárias online. Os programas de treinamento devem ser conduzidos regularmente e abranger golpes de phishing, ataques de malware, etapas para identificar e-mails ou sites suspeitos e práticas adequadas de tratamento de dados ao lidar com informações de clientes ou registos comerciais.
A seguir, apresentamos algumas dicas práticas para se preparar para o futuro.
1. Entenda que é possível se antecipar aos criminosos.
É possível ficar à frente dos cibercriminosos, mas requer conhecimento e esforço. Os defensores devem dificultar o sucesso dos criminosos tornar os seus ataques mais caros e menos lucrativos – e impor consequências a eles quando prevalecerem.
As organizações devem ter políticas relacionadas às melhores práticas de segurança cibernética que todos os funcionários devem seguir. Isso inclui o uso de senhas fortes e exclusivas, evitar clicar em links suspeitos ou baixar anexos desconhecidos e evitar o uso de redes Wi-Fi públicas ao realizar atividades confidenciais, como transações bancárias ou upload de documentos confidenciais.
2. Entenda como funciona o submundo do cibercrime.
O submundo do cibercrime é um cenário em constante evolução de agentes mal-intencionados que buscam explorar vulnerabilidades em redes e sistemas. É habitado por hackers, autores de malware e outros criminosos que estão constantemente a encontrar novas maneiras de acessar dados confidenciais ou interromper operações para ganho pessoal.
Compreender como funciona o submundo do cibercrime pode proteger melhor a sua organização contra possíveis ataques. Você será capaz de ver os sinais de um ataque antes que aconteça e estará mais bem preparado para lidar com as consequências.
3. Aprenda com as violações anteriores.
Quando se trata de crimes cibernéticos, não existe preparação demais. Para ajudar a proteger a sua organização de se tornar a próxima vítima, é essencial aprender com as violações anteriores.
Ao entender como os ataques anteriores foram executados, você pode entender melhor os tipos de vulnerabilidades aos quais a sua organização pode estar suscetível. Você também pode aprender sobre os diferentes tipos de malware e ferramentas de hacking que os criminosos usam.
4. Aprenda o que compreende a sua superfície de ataque.
A superfície de ataque cibernético de uma empresa é a totalidade dos seus ativos digitais e infraestrutura que podem ser atacados por um adversário e, consequentemente, expor a empresa a riscos. Geralmente falamos em termos de computadores e dispositivos em rede, mas também pode incluir ativos não conectados em rede, como sistemas de controle industrial. Reduzir a superfície de ataque de uma empresa é uma estratégia geral para reduzir o risco de segurança cibernética.
Existem duas maneiras básicas de reduzir a superfície de ataque: técnica e organizacional. As medidas técnicas podem incluir uma melhor configuração de firewall, controles de acesso com menos privilégios e lista de permissões de aplicativos. As medidas organizacionais incluem a separação de funções, para que ninguém tenha muito poder, fornecer treinamento de segurança aos funcionários e construir o seu plano de segurança com base em dados de inteligência de ameaças confiáveis e precisos.
5. Considere fazer parceria com um provedor de inteligência de ameaças.
A parceria com um bom provedor de inteligência de ameaças pode ser um recurso inestimável na luta contra o cibercrime. O provedor deve equipar a sua organização com as ferramentas e tecnologias mais recentes que podem ajudar a protegê-lo de se tornar uma vítima e, principalmente, fornecer informações oportunas, acionáveis e confiáveis para você saber exatamente o que fazer com os dados.
O futuro da segurança cibernética é incerto, mas uma coisa é certa: as organizações precisam ser adaptáveis para enfrentar os desafios que estão por vir.