Nsila, Susamati e Rovuma Aquaponics são as startups seleccionadas para representar Moçambique na fase regional do ClimateLaunchpad em Nairobi, entre 11 e 12 do mês corrente. As startups identificadas foram distinguidas durante a competição nacional do ClimateLaunchpad, a 26 de Setembro último, evento que teve lugar na embaixada da Irlanda
em Moçambique.
O ClimateLaunchpad é a maior competição global de ideias de negócios verdes, na qual participam mais de 2500 ideias de mais de 50 países. É uma iniciativa da EIT ClimateKIC, programa de inovação da União Europeia para as alterações climáticas e, em Moçambique, é impulsionado pela ideiaLab, com o apoio da Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER), Meliá Maputo Sky e patrocínio da Embaixada da Irlanda.
O evento tem como missão reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas por meio da inovação e empreendedorismo, sendo que a nível nacional contou com um total de 13 ideias competidoras.
“O ClimateLaunchpad é uma oportunidade de apresentar ao mundo as condições da nossa realidade, boas e más, e as soluções inovadoras que desenvolvemos para melhorar a vida de todos os moçambicanos.” Este é o ‘espírito’ que Ruben Morgado, representante do projecto Nsila, primeiro classificado da competição nacional, carrega consigo rumo ao evento em
Nairobi.
As peculiaridades das três ideias seleccionadas têm ‘peso’ nas soluções apresentadas, tendo em conta a intervenção positiva na conjuntura climática e na viabilidade da ideia de negócio.
- Nsila é uma iniciativa baseada na reutilização dos resíduos sólidos para mudar a forma convencional de tratamento do lixo.
- Susamati surge para fazer frente ao problema de saneamento do meio, sendo que introduz o conceito “pia fantástica”, para maior uso da mesmo nas comunidades mais desfavorecidas, e diminuir a utilização da água no processo de descarga sanitária.
- Rovuma Aquaponics é um projecto baseado na produção de vegetais e peixe sem aditivos químicos. Tal como Morgado, António Faustino, representante do Rovuma Aquaponics, terceiro classificado, acredita que o ClimateLaunchpad é uma oportunidade para aperfeiçoar os seus conhecimentos, a possibilidade de juntar ferramentas de negócio e empreendedorismo, associados ao controlo de problemas ambientais.
“Com este programa pude perceber que é possível inovar com resíduos sólidos e outros matérias que não imaginávamos que pudessem dar vida a algo novo. Pude também, com a partilha de experiências dos outros, desenhar um modelo que pode solucionar alguns problemas alimentares em Moçambique”, acrescentou Faustino.
Para além de expor a sua ideia de negócio verde, Manuel Gungulo, representante da Susamati, segundo classificado, quer usar o espaço da competição para trocar impressões com pessoas que, possivelmente, lhe podem ser úteis no desenvolvimento do seu projecto.
Depois de Nairobi, as startups terão a possibilidade de participar na final internacional do ClimateLaunchpad, a ter lugar em Amesterdão, na Holanda, no mês de Novembro, onde poderão receber, de entre outros prémios, valor até 10000 euros.
Nesta vertente, a ideiaLab surge com o propósito de inspirar os empreendedores nacionais, apoiar o desenvolvimento das startups e acelerar o crescimento das mesmas.