Ciberataque deixa inoperacionais vários portais moçambicanos na Internet

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Vários sites de instituições públicas e governamentais moçambicanas na Internet estiveram parcialmente inoperacionais, no dia de ontem, 21 de Fevereiro, e foram substituídos por uma página que anuncia um ataque informático.

Atacado por ‘hackers’ iemenitas” é o título, na língua inglesa, da página com uma foto de um homem com uma metralhadora e lenço na cabeça que surge replicada quando se tenta entrar em diferentes ‘sites’.

Segundo o que foi constatado, entre os alvos dos piratas informáticos estiveram os sites do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), da Administração Nacional de Estradas, da Administração Regional de Águas do Sul ou do Instituto Nacional de Transportes Terrestres (INATTER).

No entanto, no caso do INATTER, o subdomínio exames.inatter.gov.mz, que dá acesso a alunos e escolas de condução, está a funcionar normalmente.

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De informar ainda que a página que anuncia o ataque estava presente nos ‘sites’, mas podia passar despercebida e só surgir se for diretamente invocada no endereço, como é o caso do Ministério da Defesa.

A página replicada em todos os ‘sites’ inoperacionais anuncia no rodapé que houve dados extraídos e que serão vendidos a um preço barato, mas sem exibir evidências.

No dia de hoje, 22 de Fevereiro, o Governo moçambicano já confirmou o ataque cibernético, anunciando, no entanto, que a situação está controlada e não houve informações perdidas.

De facto, houve um ataque cibernético. Mas neste momento, os servidores estão ‘online’ e os portais estão todos acessíveis“, disse Hermínio Jasse, diretor-geral do Instituto Nacional de Governo Electrónico, em conferência de imprensa convocada.

Segundo o director-geral do Instituto Nacional de Governo Electrónico, a principal preocupação ao detectar o problema foi de fazer um “rápido diagnóstico” e, após os trabalhos técnicos, constatou-se que os conteúdos continuavam intactos, embora as páginas replicadas em todos os ‘sites’ inoperacionais tenham anunciado no rodapé que houve dados extraídos e que seriam vendidos a um preço barato, mas sem exibir evidências.

Não houve nenhuma situação de perda de dados“, frisou Hermínio Jasse, acrescentando que os trabalhos para localizar os autores do ataque continuam e que foi feito um trabalho para “blindar” os ‘sites’, na ambição de evitar situações similares.

É uma situação que alarmou o país, principalmente por ser uma das poucas vezes que sofremos um ataque cibernético“, acrescentou.

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