Na carta de convocação, assinado por Mark Green, líder da Comissão de Segurança Nacional, e Andrew Garbino, chefe da Subcomissão de Cibersegurança, o órgão cita que o apagão de sexta-feira serve como um anúncio sobre os riscos de segurança associados à dependência de fornecedores únicos.
O texto também destaca que o incidente vai servir para melhorar a infraestrutura crítica e garantir que algo do tipo não ocorra novamente. Apesar da CrowdStrike ter publicado uma correção do erro ainda na sexta-feira — e a Microsoft liberado uma ferramenta para resolver a tela azul no Windows —, algumas empresas seguem com problemas para utilizar seus serviços dependentes do Windows. A Delta Airlines, companhia americana de aviação, seguia com telas azuis e voos cancelados na segunda-feira (22).
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Os congressistas americanos dos dois partidos criticaram que há poucas empresas que actuam em sectores críticos da infraestrutura cibernética. Em sua defesa, a Microsoft jogou a culpa na CrowdStrike, já que o bug afectou apenas a versão do Falcon para Windows.
Contudo, esse apontar de dedo da Microsoft não deve mudar o debate sobre a dependência de serviços em poucas empresas. De facto, a combinação entre o domínio do Windows nas companhias e da CrowdStrike no sector de cibersegurança para plataformas em nuvem foi o que levou o bug a ser tão prejudicial para vários serviços no mundo.
Lina Khan, directora da Comissão Federal de Comércio (FTC, órgão americano), disse na sexta que o incidente mostra como a concentração de empresas podem criar sistemas frágeis. Khan é especialista em antitruste e deve ampliar o trabalho da FTC contra as big techs.