O Unitel Money, serviço de pagamentos e transferências móveis e instantâneas por intermédio de terminais telefónicos, da empresa UNITEL Serviços de Pagamentos Móveis, (SU), S.A., apresenta um crescimento de 25% ao mês, nos seus três primeiros meses de actividade no mercado angolano.
Essa informação foi divulgada pelo Director de Tecnologias da Unitel, Eduardo Pinto, falando na IV Conferência sobre Transformação Digital, subordinada ao tema “Os Desafios da Aceleração Digital em Angola”, no princípio dessa semana, onde adiantou que o objetivo da carteira digital é crescer ainda mais e aumentar o número de utilizadores exponecialmente, onde para isso a empresa de telecomunicações se prepara com “grandes campanhas no final do ano”.
Eduardo Pinto, que falava no evento sobre os meios de pagamentos, tendo como foco de tema o novo sistema de transferência instantâneas e o seu impacto na inclusão financeira no nosso país, disse ainda que os serviços de pagamentos são continuidade dos serviços que já existem, pelo que “não pode ser problema”, continuando que êm sido criadas campanhas de formação e de sensibilização, associando a experiência do uso da rede «multicaixa» e o uso destas plataformas.
Quando questionado sobre a segurança desses meios de pagamentos, o Director reforçou que existem no sistema dois níveis de segurança, pelo que, não corremos o risco igual ao que sucedeu com os bitcoins porque não falamos de moeda eletrônica.
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Na mesma conferência foi revelado também que apenas cerca de sete milhões de cidadãos são utilizadores de Internet, taxa considerada muito baixa, visto que a nível dos serviços de telefonia móvel contam-se mais de 15 milhões de usuários, em todo território nacional.
Para o Eng. Crisóstomo Mbundu (Gestor do Programa Acelera Net da Angola Cables), o país vive, actualmente, uma era da aceleração digital, que tem sido impulsionada por vários factores e fenómenos, entre os quais a Covid-19, que infelizmenete afectou negativamente a economia dos países, incluindo Angola, bem como reforçou a importância do desenvolvimento de uma economia digital mais forte e inclusiva, dando oportunidades ao negócio digital.
O gestor acrescentou ainda que ao falar da aceleração digital se deve citar três pilares, tendo a infra-estrutura a principal base, e reconheceu existir uma capacidade internacional robusta, presente no Data Center, já com vários conteúdos e operadores diversificados.
“Angola está a crescer em termos de operadores, mas a distribuição dos conteúdos para o operador final nas diferentes localizações, ainda regista grandes debilidades, visto que está tudo alocado na capital do país, situação que constitui um desafio”, reforçou.
Para o engenheiro digital, a taxa de usuários ainda é considerada baixa e ronda apenas os 26,5 por cento. Cálculos apresentados pelo técnico revelam que só três em cada 10 usuários angolanos têm acesso à Net.