Vários especialistas reconheceram as enormes fragilidades em termos de comunicações digitais em Cabo Verde, e onde há uma clara noção de se estar num mercado com reduzidas dimensões e existir, ainda, mercados não efetivamente concorrencial, a inclusão digital derivada de altos preços do acesso à Internet e de mais conectividade em banda larga e ultra banda larga com qualidade e preços acessíveis.
Esse reconhecimento foi notado no Fórum “Comunicações Eletrónicas em Cabo Verde – Entre os Desafios Atuais e Perspetivas Futuras“, onde isso é um alerta em relação à Cybersegurança naquele arquipélago, que figura nos últimos terços dos países analisados tanto em África como a nível Mundial.
O Vice Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, foi um dos dirigentes presente no evento, onde diz que “são desafios estruturantes, cuja missão é de estabelecer as comunicações eletrónicas e TIC como o grande pilar para o desenvolvimento sustentável, de forma a desenvolver o capital humano e institucional”.
MAIS: Cabo Verde quer que a economia digital contribua 25% no PIB
É nesse aspecto que o Governo do país pretende melhorar o ambiente legal e regulamentar favorável a uma economia digital vibrante, segura e inclusiva, reforçar a competitividade através de uma melhor conectividade, competências e empreendedorismo impulsionar os serviços públicos digitais e o mercado, bem como reforçar a segurança das redes de comunicações eletrónicas, materializando assim a Estratégia Nacional da Cibersegurança.
Por outro lado, Isaías Barreto, PCA da Agência de Regulação Multissectorial da Economia(ARME) de Cabo Verde disse que o fórum deu informações relevantes que permite interpretar como um alerta em relação à Cybersegurança em Cabo Verde, onde o país regista um défice gritante a nível de Cybersegurança, segundo os dados apresentados pela ARME.
De informar que os indicadores dizem que Cabo Verde se situa na posição 136, num Universo de 182 países analisados pela União Internacional das Telecomunicações, enquanto, dos 43 países estudados em África, o Arquipélago figura em 27.º. Por isso é necessário evoluir ainda mais em Cabo Verde no que toca às comunicações digitais, pelo que se torna imperioso analisar profundamente o setor.
O Fórum analisou também um conjunto de reflexões sobre o percurso da regulação do setor das Comunicações Eletrónicas no nosso País.