A Biblioteca de Luanda vai apostar na digitalização do seu acervo, estimado em 39 mil volumes, entre livros, documentos e jornais da época antes e pós-colonial, segundo da instituição, Aldemira de Vasconcelos.
Essa decisão da Biblioteca de Luanda é tendo em conta à nova era das tecnologias de informação, onde revelou que já foram digitalizados 500 volumes, cuja prioridade recaiu para os documentos antigos em estado avançado de degradação.
Aldemira de Vasconcelos informou ainda que a biblioteca está a desenvolver um projeto para levar a leitura a todos os cantos da província, para que cada comunidade tenha acesso aos livros.
No que toca as preocupações, Aldemira de Vasconcelos, sublinhou a falta do hábito de leitura por parte dos cidadãos, facto que levou ao desenvolvimento de uma ação de incentivo da leitura.
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O ex-diretor da Biblioteca Provincial de Luanda (1983 a 2020), António Emídio de Brito, revelou que a biblioteca é a mais antiga da África a sul do Saara, tendo documento apenas existente na instituição, dando como exemplo os documentos das guerras de Matamba e Ndongo, entre os portugueses e os povos angolanos.
Referiu que mesmo com o evoluir das novas tecnologias, o livro nunca deixará de ser um livro, dado a sua especificidade.
Aconselhou os jovens a apostarem mais no desenvolvimento da prática de leitura, com afluência aos espaços que oferecem conhecimento e crescimento intelectual.