A Estação Sísmica do Porto Kipiri, localizado na província do Bengo, e que tem um raio de abrangência de até 200 quilómetros, encontra-se inoperante desde Abril do ano passado, quando foi completamente vandalizada por desconhecidos, pelo que se viu na visita do do secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Mário de Oliveira, para avaliar o estado dos equipamentos da referida estação.
“Os danos materiais são incomensuráveis para o país. Infelizmente, a estação está inoperante, mas por motivos alheios à nossa vontade”, disse o Secretário de Estado, informando que, juntamente com o Governo provincial, vai se trabalhar na perspectiva de melhorar e assegurar a recuperação dessa estação sísmica, construída em 2007 e modernizada em 2018.
Segundo ainda o director-geral do INAMET, João Afonso, falando aos jornalistas presentes na visita, informou que com a paralisação da estação do Porto Kipiri, instituição afecta ao Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), a região deixou de ter o monitoramento de uma eventual actividade sísmica, para alertar a população de eventuais casos que podem, por exemplo, afectar na agricultura ou causar problemas na aviação.
“Assim, fica difícil medir a direcção e calcular a velocidade dos ventos e a temperatura”, disse João Afonso, salientando que foi a partir da estação que se conseguiu registar a ocorrência de uma actividade sísmica, com magnitude de 3.3 na escala de Richter, ocorrida, em 2020, no município de Nambuangongo.
João Afonso anunciou ainda que província do Bengo, tendo como base o quadro do Projecto de Modernização do INAMET, vai beneficiar da instalação de uma rede de estação sismológica, e onde nessa altura já está a ser feito o levantamento das zonas onde serão colocados os equipamentos. “Mas, tudo aponta para a localidade do Sassa Povoação, no município do Dande”, avançou.
De informar também, de acordo com as palavras do gestor público, a nova estação sísmica vai possuir um Piranómetro, para medir a radiação global, sensor ultrassónico, para medir a direcção e calcular a velocidade dos ventos, pluviômetro, para medir a chuva, sensores de temperatura, humidade e pressão do ar, entre outros equipamentos essenciais.
A mesma terá um raio de acção de 30 quilómetros, para permitir que os dados recolhidos sejam mais fiáveis e transmitidos com alguma celeridade à estação central, em Luanda, e esta enviar para a estação mundial.