O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou ontem a mudança de nome da empresa para Meta, com o objectivo de refletir a nova estratégia da empresa, sem esquecer que a alteração afasta também o grupo económico da rede social com o mesmo nome.
A partir de agora o Facebook vai passar a designar-se Meta, uma mudança de nome corporativa e que não afeta as plataformas individuais como a rede social Facebook, o Instagram ou o WhatsApp. Como já chegamos a informar, essa mudança de nome é algo que está a ser muito adotado por algumas empresas, dando exemplo da Google, com a mudança para Alphabet, em 2015.
Essa alteração do nome, anunciada por Mark Zuckerberg durante a conferência Connect, surge depois de terem surgido vários documentos internos e denúncias mostrando que a empresa coloca o lucro à frente da segurança e dos interesses dos utilizadores. A mudança para Meta vem para dar um impulso no conceito de metaverso na qual o fundador do Facebook tem vindo a falar insistentemente nos últimos tempos.
De acordo com Zuckerberg, o plano é construir um mundo online híbrido, onde as pessoas podem jogar, trabalhar e comunicar, de forma virtual e remota e muitas vezes com o auxílio de headsets de Realidade Virtual, algo em que a empresa está a trabalhar nos últimos tempos. Para muitos aficionados é muito do que viu-se no filme de 2018 Ready Player One, de Steve Spielberg.
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A actual empresa “não consegue representar tudo o estamos a fazer hoje, muito menos no futuro”, rebatou Zuckerberg, citado pela BBC. “Com tempo, o que espero é que sejamos vistos como uma empresa do metaverso e quero ancorar o nosso trabalho e identidade ao que estamos a construir”.
Essa mudança de nome traz uma nova forma de apresentar as contas, com o negócio a ser dividido entre o segmento de apps e um outro para o trabalho de futuro da empresa. Além do nome, o grupo empresarial vai passar também a usar um novo logotipo, afastando-se do icónico polegar para cima e optando por um símbolo de infinito estilizado, para ser usado em 3D e num tom gradiente de azul.
De informar ainda que o termo Meta vem do grego ‘Além’ e, segundo alguns especialistas, o metaverso pode mesmo ser o futuro da Internet: em vez de precisar de um computador, o utilizador pode colocar o headset e entrar num mundo virtual onde pode trabalhar, socializar e encontrar entretenimento, em várias plataformas virtuais.
O comunicado da Facebook sobre esta novidade explica que “o metaverso será um espaço virutal 3D social onde se podem partilhar experiências imersivas com outras pessoas, mesmo quando não se pode estar pessoalmente junto – e fazer coisas juntos que não poderia fazer no mundo físico”.