Banca nacional deve investir em inovação tecnológica, alertam especialistas

2010

As instituições financeiras angolanas devem aderir, a inovação tecnológica ou irão “perder eficácia” no mercado, na opinião de vários analistas que falavam em uma conferência sobre Inovação tecnológica na banca.

Para o analista em soluções Oracle, Eduardo Farah, “a Banca, como hoje a conhecemos, não será mais viável num futuro próximo. Sofrerá profundas alterações, e quanto mais depressa as Instituições Financeiras atuantes no mercado angolano aceitarem e integrarem novas práticas nas suas dinâmicas, desenvolverem procedimentos e equipas necessárias para esta integração, maior proveito tirarão do que não é contornável: inovação tecnológica”.

Já o economista Carlos Rosado de Carvalho, que falava sobre a Globalização e Dinâmica de Mercado, reiterou que “os bancos que não olharem para as tendências, acabarão por perder eficiência. (…) é também urgente a introdução de soluções financeiras para a população não bancarizada pelo impacto económico positivo que trará à Economia”. Colaboração, integração e inclusão são o futuro da rentabilidade das Instituições e na fidelização do cliente.

Quem também teceu uma opinião similar foi Eduardo Bettencourt, representante da EMIS, que participou no painel sobre Inovação no Sector de Pagamentos, onde defendeu a “adaptação das empresas as tendências implica uma alteração no mindset da gestão, e reforça a necessidade de um alinhamento entre o currículo pedagógico das Instituições de Ensino e o tecido empresarial, para maior eficiência na utilização dos recursos humanos”.

Os Programas LISPA e SANDBOX assim o demonstram. A Regulação assume, pois, uma barreira ou incentivo à Inovação Tecnológica, consoante o empenho de todos aqueles que, de alguma forma, atuam no panorama financeiro.

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Questionado sobre em que ponto Angola se encontra nesta jornada da inovação tecnológica, no que à banca diz respeito, Felipe Retke, Director Geral da ETIC, referiu que “estamos no ponto de viragem. Open Banking, Open Finance, IoT e adopção da Cloud são incontornáveis e já chegaram o nosso país.

Por sua vez, a DBS menciona que os parceiros locais são fundamentais para a adequação e sucesso no desenvolvimento e implementação de projetos dedicados, de elevada complexidade, como são os da sua especialidade.

Nuno Fernandes CEO da Pay4all e Vasco Oliveira sócio da DBS Angola, afirmam: “Pretendemos contribuir no processo de modernização do sistema core dos bancos angolanos, e colaborar com os nossos clientes para que se possam manter competitivos e oferecer melhores serviços bancários alinhados com as melhores práticas internacionais. Não menos importante temos como Missão em Angola capacitar recursos humanos num conjunto de soluções e tecnologias inovadoras e de futuro. Como um dos pilares fundamentais desta estratégia pretendemos criar uma Academia de Formação em tecnologias inovadoras e de futuro onde a Oracle tem um papel fundamental.”

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