O Presidente da República, João Lourenço, autorizou a privatização da Multitel, através de concurso público, da participação pública de 90% que o Estado detém no capital social da empresa de telecomunicações.
Segundo o despacho presidencial n.º113/21 de 20 de Julho, a medida surge porque a empresa “não reúne condições necessárias” para a sua privatização através do procedimento de oferta pública inicial em bolsa.
Inicialmente, estava previsto que a Multitel fosse privatizada através de oferta pública na Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (Bodiva), conforme expresso num despacho presidencial de Dezembro de 2020, agora revogado.
O Estado detém 90% do capital social da Multitel por via da PT Ventures, com 40%, da Angola Telecom, com 30%, e do Banco de Comércio e Indústria (BCI), com 20%.
O Presidente, João Lourenço, delega à ministra das Finanças, Vera Daves, a competência de subdelegar os trâmites do processo, nomeadamente a nomeação da comissão de negociação, bem como a verificação da validade e legalidade do concurso público.
As comissões de negociações a serem criadas “devem incluir” representantes de departamentos ministeriais responsáveis pelo sector da actividade e regem-se pela Lei de Bases das Privatizações, bem como “a título subsidiário” a Lei dos Contratos Públicos.