No primeiro trimestre de 2023, a Kaspersky informou que a África do Sul enfrentou o maior número de ataques de backdoor e spyware, com 106.000 tentativas de ataque. A Nigéria encontrou 46.000 ataques semelhantes, enquanto o Quénia registou um pico de 143.000 destes ataques.
Os exploits surgiram como a forma dominante de ataque no Quénia, com 177.000 incidentes bloqueados. Além disso, a Kaspersky destacou o número crescente de máquinas zombie, sendo dispositivos ligados que se tornam parte de uma botnet. A África do Sul detetou 1,6 milhões de máquinas zombies, enquanto o Quénia identificou 300.000.
O Dr. Amin Hasbini, Chefe da Equipa Global de Investigação e Análise da Kaspersky, sublinhou que os ataques criminosos têm como principal objetivo o lucro financeiro, enquanto os ataques avançados demonstram a capacidade dos agentes das ciberameaças para se adaptarem e violarem as medidas de segurança. Hasbini manifestou a preocupação de que os cibercriminosos estejam a aprender com os ataques avançados bem sucedidos e aperfeiçoar as suas técnicas em conformidade.
Para contrariar estas ciberameaças cada vez mais sofisticadas, a Kaspersky recomendou que as empresas adotassem uma estratégia defensiva em vários níveis para melhorar a sua postura de segurança. Esta abordagem pode ajudar a mitigar os riscos e a salvaguardar as infraestruturas críticas, as instituições financeiras, as entidades governamentais e os fornecedores de serviços, que são os principais alvos dos ciberataques.