Na actual era digital, em que os ciberataques se multiplicam rapidamente, é essencial que as organizações compreendam o cenário de ameaças. Todos os momentos em que os cibercriminosos não estão a executar algum ciberataque, estão a desenvolver novas estratégias, o que obriga as empresas a manterem-se à frente da curva para protegerem os seus ativos digitais.
E quais são essas ciberameaças? Embora os cibercriminosos tenham muitas ferramentas e métodos à sua disposição, existem algumas táticas básicas que utilizam repetidamente em ataques a sistemas. Estas incluem:
1. Ransomware:
O ransomware de dados tornou-se a ameaça mais perigosa à cibersegurança nos últimos anos. E uma das ciberameaças mais temidas a nível mundial, uma vez que não discrimina sectores ou dimensões de empresas.
Cada sector tem características específicas que o tornam atrativo para os ciber-criminosos, seja pela sensibilidade dos dados, dependência da confiança do público ou capacidade financeira para pagar um resgate. Este tipo de ataque pode paralisar as operações de uma organização, gerar perdas financeiras substanciais e prejudicar gravemente a sua reputação.
É importante destacar que este ataque é frequentemente o último passo num processo de ciberataque mais complexo, o que significa que a organização já foi comprometida de alguma forma.
2. Configurações incorretas e sistemas não corrigidos:
As empresas que não implementam configurações de segurança adequadas ou não mantêm as predefinições nos seus sistemas estão a expor-se a graves riscos digitais.
Essas configurações incorretas, que incluem sistemas não corrigidos, controlos de acesso deficientes, exposição de dados sensíveis e componente desatualizados são portas abertas para os cibercriminosos para obterem acesso a informações confidenciais ou causar danos à organização. De facto, as ferramentas na deepweb permitem aos hackers identificar estas vulnerabilidades de forma automatizada.
3. Exploração de credenciais descobertas em ciberataques:
Neste tipo de ataque, os cibercriminosos exploram as fraquezas dos utilizadores, como a reutilização de passwords, para obterem acesso não autorizado às suas contas digitais.
Através da utilização de bots automatizados, testam credenciais de início de sessão obtidos de violações de dados anteriores em diferentes sites. Se um utilizador utilizar a mesma combinação em vários sites, o hacker obtém acesso não autorizado às suas contas.
4. Engenharia social:
Os cibercriminosos utilizam a engenharia social, uma técnica de manipulação inteligente, para induzir os utilizadores a realizar ações que comprometem a sua segurança. Através de truques e artimanhas, os cibercriminosos levam as vítimas a revelar informações sensíveis ou a realizar ações que lhes concedem acesso não autorizado aos seus sistemas. A meticulosidade e atenção ao detalhe são fundamentais neste tipo de ataque.
Os piratas informáticos pesquisam as suas vítimas, recolhendo informações pessoais e detalhes sobre os seus hábitos online. Com esta informação, criam cenários personalizados, utilizando e-mails falsos, sites fraudulentos ou vishing para enganar os seus alvos. Perante estes riscos, as organizações devem adotar uma abordagem proativa em matéria de segurança e proteção – investir em ferramentas inovadoras de cibersegurança.
Uma abordagem unificada da segurança é ideal neste contexto. Proporciona uma proteção em camadas que defende as organizações a todos os níveis. Esta proteção abrangente protege os ativos digitais e garante a segurança no ambiente digital.
Além disso, para reforçar esta estratégia, as empresas precisam de promover uma cultura de sensibilização para a cibersegurança entre os colaboradores, trabalhar com especialistas do sector e colaborar com as entidades reguladoras. A colaboração entre todos estes intervenientes estabelecerá um ambiente digital mais robusto e seguro.