O governo argelino quer impedir que os estudantes do ensino médio copiem nas provas desse ano. Para isso, o governo adoptou uma medida bastante controversa: desactivar toda a internet do país durante a realização dos exames.
A ministra da Educação argelina, Nouria Benghabrit, não se mostra confortável com a solução encontrada, mas diz que esta será a melhor forma, para já, de prevenir fugas de informação. As autoridades prevêem desligar a Internet em todo o país durante períodos de uma hora após o início dos exames, por 11 vezes, até dia 25 de junho.
O objectivo é evitar que as perguntas caiam no domínio público durante os exames.
O governo quer impedir um novo incidente como o ocorrido em 2016, quando as respostas espalharam-se antes mesmo das provas começarem. No ano passado, as autoridades pediram que os provedores de internet impedissem o acesso às redes sociais, mas isso não foi suficiente.
As escolas na Argélia foram equipadas com detectores de metal para assegurar que ninguém, desde alunos a professores, traz dispositivos conectados à Internet para as salas. As medidas de segurança passam ainda por bloqueadores de sinal e câmaras de vigilância nos locais onde os exames são impressos.
Ainda não há indicações sobre se a estratégia de blackout para evitar as fugas de informação para os exames terá sucesso ou não.