A Apple anunciou ontem(24) que apresentou uma queixa contra a NSO Group, a empresa israelita que fabrica o programa informático de espionagem Pegasus, onde o objectivo da mesma é que o tribunal impeça definitivamente a NSO de instalar os seus programas nos aparelhos e serviços que disponibiliza.
Em Maio deste ano, a NSO foi exposta durante uma investigação jornalistica, realizada por um consórcio de 17 meios de comunicação de vários países, e que revelou o seu aplicativo Pegasus permitia a espionagem de jornalistas, políticos, militantes e empresários de diferentes países, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron.
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“No mercado de eletrónica para o grande público, os aparelhos da Apple são os mais seguros, mas as empresas que desenvolvem programas informáticos para a espionagem por conta de Estados tornaram-se mais perigosos“, diz o vice-presidente da Apple, Craig Federighi, citado em comunicado.
“Mesmo que estas ameaças à segurança informática afetem apenas um pequeno número dos nossos clientes, levamos a sério todos os ataques contra os nossos utilizadores“, acrescentou.
De informar que em setembro último, a empresa do Iphone teve de reparar, com caráter de urgência, uma falha informática que o Pegasus foi capaz de explorar nos smartphones da empresa, prejudicando um grande número de utilizadores.
Segundo os investigadores do Citizen Lab, que repararam o problema nos Iphones, informaram que o programa informático espião aproveitava-se daquela falha desde, pelo menos, fevereiro de 2021. Os investigadores foram ainda mais a fundo, descobrindo que um militante saudita tinha sido infetado através do iMessage, o serviço de mensagens da Apple.
Tendo como base esses todos incidentes vindo da NSO Group, no mês de Novembro Washington acrescentou a empresa à sua ‘lista negra’ de empresas.
“Os EUA estão determinados a utilizar de maneira incisiva o controlo das exportações para responsabilizar as empresas que desenvolvem, comercializam ou utilizam tecnologias para fins malfazejos, que ameaçam a segurança informática dos membros da sociedade civil ou do governo, dos dissidentes e de organizações baseadas no estrangeiro“, afirmou a secretária do Comércio, Gina Raimondo.