A Etiópia bloqueou as redes sociais em todo o país após a perguntas dos exames universitários de fim de ano terem sido publicadas online no mês passado, o que provocou um escândalo nacional.
O vazamento do exame nacional, tornou-se num problema grave para governo da Etiópia, o que forçou o adiamento dos testes.
Facebook, Twitter, Instagram e Viber estiveram inacessíveis desde sábado de manhã, e continuará a estar bloqueados até que os exames escolares nacionais sem concluam na quarta-feira, de acordo com funcionários do governo.
Um porta-voz do governo disse que a proibição visava reduzir as distracções dos alunos.
“É um bloqueio. É uma medida temporária até quarta-feira. As mídias sociais provaram ser uma distração para os estudantes”, porta-voz do governo Getachew Reda à agência de notícias AFP.
A Etiópia é um dos primeiros países africanos a censurar a Internet, começando em 2006 com blogs da oposição. Cerca 254.000 estudantes são esperados para fazer o exame nacional, de acordo com o Ministério da Educação daquele país.
O que a comunidade internacional diz?
Na semana passada, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou uma resolução condenando o bloqueio de internet como uma violação de direitos humanos.
O grande receio de todo mundo é que esta prática se torne comum para o resto de África. Não há problema em definir leis contra os crimes cometidos online (ou usando sistemas informáticos), no entanto há uma linha ténue entre a segurança e a violação dos direitos dos cidadãos.
Em Angola ainda não temos uma lei contra “crimes digitais” aprovada, o que existe é uma proposta, portanto esses crimes seriam julgados com base no código penal. Um caso semelhante já ocorreu na Argélia… será que essa “moda” pega?
E quanto a si, acha que o governo da Etiópia tomou a atitude correcta?