Os aplicativos de mobilidade no país devem adotar procedimentos para limitar o acesso a informações confidenciais dos seus clientes, uma tese defendida pela Agência de Proteção de Dados (APD).
Segundo o administrador executivo da APD, Amaro Santos Figueiredo, afirmou que está medida permitirá evitar o mau uso das informações dos passageiros, por parte dos motoristas, algo que tem acontecido muito na capital do país, Luanda.
Amaro Santos denunciou que a APD regista, diariamente, várias denúncias de motoristas de algumas empresas de táxis por aplicativos que utilizam, fraudulentamente, os dados pessoais dos clientes.
Conforme a fonte, os dados dos clientes são usados para a feitura de ligações perturbadoras, em especial às mulheres, após o término da viagem.
“Se os dados pessoais e o mapeamento da trajetória dos cidadãos utilizadores dos aplicativos de táxi forem parar às mãos de criminosos, podem resultar em consequências muito graves”, disse o responsável em entrevista a ANGOP.
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Sem precisar o número de denúncias recebidas até ao momento, o administrador da Agência de Proteção de Dados realçou que alguns motoristas fazem ligações com abordagens amorosas e indecentes às clientes, bem como propostas de negociações inapropriadas.
Para mitigar esta prática de contravenção, a APD, desde o início do corrente mês, está a realizar reuniões técnicas com as empresas que operam neste segmento económico, para perceber de que forma são processados os dados pessoais recolhidos aos passageiros.
Para ter acesso aos táxis personalizados, os clientes devem apresentar dados como o nome, terminal telefónico, a morada e trajetória da viagem.
Amaro Figueiredo explicou que esta medida pedagógica visa apurar as medidas de segurança e de proteção, a partilha dos dados com os motoristas, bem como afinar mecanismos de proteção e salvaguarda das informações dos clientes, para prevenir contravenções.