Conhecer o atual panorama da interconexão em Angola pode ser uma dor de cabeça para muitos, pois o acesso aos dados ou a informações em no nosso país ainda é uma dor de cabeça, mas felizmente ainda existem algumas pessoas que ainda estão preocupados em partilhar informações ou conhecimento que podem servir algumas instituições para um bem comum.
O Comité de Programa do AOPF & AONOG (Angolan Network Operators Group) é um exemplo vivo disto, quem estado a Congregar todos os profissionais de ICT e outros membros da comunidade técnica e de investigação a fim de partilharem e trocarem as melhores práticas para a implementação de novas tecnologias ou protocolos.
Realizou-se de 9 a 10 de novembro o Angola Peering Forum no Palmeiras Suite Hotel, um evento que reuniu vários especialistas angolanos e estrangeiros no sector das Tecnologias, onde foram debatidos vários temas, onde foi abordado a situação atual do nosso país.
Panorama da Interconexão em Angola
Durante o evento Ernesto Alberto (Co-Chair do AONOG) abordou o panorama da interconexão em Angola, tendo apresentado que atualmente o país conta com quatro cabos submarinos nacionais, dentre os quais:
Quanto aos sistemas autónomos emitidos cumulativamente de 1996 a 2023, atualmente existem 68, das quais 47,62% pertencem aos Provedores de Serviços de Internet, 30,16% aos Bancos/Serviços Financeiros, enquanto que as duas outras percentagens 19,05% e 3,17% pertencem a uma categoria não definida pela AFRINIC.
Relativamente aos Data Center, o país conta neste momento com sete, estando distribuídos quantitativamente da seguinte forma: Multipla (1), Angola Cables (1), Paratus Angola (2), MSTelcom (3).
Quanto aos pontos de Troca de Tráfego Internet (IXP) em Angola, o país conta com o Angonix que foi lançado em 2015 sob responsabilidade da Angola Cables, bem como o Angola IXP lançado em 2006 sob responsabilidade da Angola Telecom/Paratus Angola.
É notável que Angola está a procurar ter um posicionamento favorável ao nível de infraestruturas de telecomunicações, e que atualmente não estamos mal servidos, mas devemos reconhecer também que o serviço a ser entregue ao utilizador final deve melhorar, para sentir-se a tamanha significância deste panorama da interconexão em Angola.