O sector das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação em Angola se encontra em “franco crescimento”, tendo em conta os últimos projetos concluídos e outros em preparação técnica.
Essa informação foi salientada pelo Presidente da República, João Lourenço, falando na sessão de abertura da edição 2023 do ANGOTIC, o maior evento internacional de tecnologias, comunicações e inovações de Angola, que vem para contribuir no fomento das indústrias de telecomunicações e tecnologias de informação, turismo tecnológico, bem como para a atualização das plataformas digitais no fomento da agricultura de precisão, da saúde, educação, preservação do ambiente e investigação científica.
No seu discurso, o Chefe-de-Estado destacou a construção e colocação em órbita do satélite de comunicações Angosat-2, parte do Programa Espacial Nacional, as ligações terrestres e submarinas em fibra óptica para Cabinda, os trabalhos em curso com vista ao início da construção de um satélite de observação da Terra, o projeto de expansão da Rede Nacional de Banda Larga em fibra óptica, o projeto da Televisão Digital Terrestre, a participação no consórcio do cabo submarino de fibra óptica internacional 2-África e aumento dos programas de formação para os quadros jovens.
Na sequência das ações que o sector vem desenvolvendo para o apoio ao sector produtivo e social, o Chefe de Estado destacou o recurso a imagens de satélite para o apoio à agricultura, à produção petrolífera, ao ordenamento do território, ao mineiro, ao ambiente, ao controlo migratório ao longo das fronteiras, bem como o estudo de soluções que possam mitigar a problemática da seca que assola ciclicamente o Sul do país, em particular as províncias do Cunene, do Namibe e da Huíla.
Por outro lado, sublinhou o papel do sector das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social como alavanca para a modernização tecnológica da indústria e “propiciar o crescimento económico e social esperado e ambicionado por todos os angolanos”.
“Apesar dos recursos minerais, petróleo e gás continuarem a ser relevantes para sustentar o desenvolvimento da nossa economia, estamos a viver um novo paradigma com perspetivas de um crescimento da economia não petrolífera, onde o sector privado é o principal ator”, ressaltou.
Quanto ao sector da banda larga, salientou a importância das redes de banda larga que, suportada numa rede robusta de comunicações eletrónicas, se tornam numa ferramenta fundamental para garantir aos cidadãos e à sociedade o acesso aos serviços da chamada sociedade da informação.
Realçou que as redes de banda larga podem suportar serviços como a telemedicina, o ensino à distância, a governação eletrónica e outros serviços associados, contribuindo para a melhoria dos indicadores de saúde, da educação, da inclusão social, da segurança alimentar, da igualdade de género e do combate à fome e à pobreza, garantindo o desenvolvimento sustentável do país.
João Lourenço apontou a visão da União Internacional das Telecomunicações, da qual Angola é Estado-membro, que no seu último relatório sobre os custos de acesso aos serviços das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação, de 2022, ressalta a necessidade dos custos e expansão da Internet deverem estar ao alcance do maior número possível de cidadãos do mundo, se possível de todos.