O Angosat-2 será lançado na próxima semana, propriamente entre os dias 10 a 15 de outubro, sendo que na sexta-feira(07) se deverá saber o dia exacto, tendo em conta uma reunião entre a parte angolana com os russos da ISS Reshetnev e os responsáveis da estação de Baikonur, onde está o satélite angolano.
Segundo o semanário Expansão, espera-se que o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Mário Oliveira, faça um anúncio sobre o assunto no dia de amanhã(04), na abertura da Semana Mundial do Espaço em Luanda, de forma mais discreta do que aconteceu na primeira versão do satélite.
O lançamento será feito de forma discreta, apenas com a presença de alguns técnicos, diplomatas e poucos jornalistas convidados, sendo que a presença do Presidente da República será pouco provável, sendo que tal só séria possível se acontecesse até quarta-feira, uma vez que no dia 15 de outubro João Lourenço estará na Assembleia Nacional para proferir o discurso do estado da nação. Possivelmente contará apenas com a presença do ministro Mário Oliveira a chefiar a delegação angolana.
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O Angosat-2 é muito diferente da primeira versão, tendo beneficiado de inúmeras alterações de acordo com a evolução tecnológica e das necessidades que hoje o país tem. Na altura, a grande preocupação era a comunicação por voz, que fazia com que o Angosat-1 tivesse 16 transponders da banda C (voz) e apenas 6 da banda KU (dados). O Angosat- -2 já é um satélite de dados, tem apenas 6 transponders da banda C e 24 feixes da banda KU.
A velocidade de transmissão de dados do satélite é também muito rápida, quase sete vezes mais, sendo que o anterior tinha uma velocidade de 2 gigabytes/minuto, e o Angosat-2 terá a possibilidade de enviar informações a 13,2 gigabytes/minuto. Para se ter uma ideia da capacidade do satélite, o Angosat-2 tem 24 feixes instalados mas com apenas 4 feixes (bins) será possível cobrir todo o território nacional, sendo que os restantes 20 poderão ser comercializados.
São feixes localizados, que permitem a sua orientação para outros territórios ou zonas específicas. De acordo com o que está publicado nos sites da especialidade, em África apenas o Egipto tem um satélite com estas potencialidades, sendo que a África do Sul, que tem cinco satélites, não tem nenhum com estas características, desta “nova” família de alta taxa de transmissão de dados.