O Angosat-2 vai alavancar o sector do Petróleo e Gás em Angola, no que respeita as telecomunicações, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O dirigente público que falava na Conferência sobre Tecnologias e Inovação, organizada pela Mercury Serviços de Telecomunicações (MSTelcom), disse ainda que é possível fornecer ao sector petrolífero, e não só, sistemas que permitem determinar derrames de petróleo, entre outros serviços, isso tudo com o Angosat-2.
Ao falar para uma audiência vasta de analistas do sector de óleo e gás, Mário Oliveira frisou que com o satélite geoestacionário angolano e o sistema de observação da terra, o Executivo está em condições de fornecer ao sector petrolífero, aquilo que considera necessidades do mercado petrolífero e não só.
“O Angosat2 é um investimento grande que o país desenvolveu. É uma componente do Programa Nacional Espacial que inclui o sistema de observação em terra”, informou.
Ainda na sua abordagem, o Ministro salienta que além do Angosat2, o Executivo Angolano deu início ao projeto de expansão da fibra óptica, que virá a ser uma peça “muito importante” para o ecossistema da exploração petrolífera.
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Mário Oliveira revelou também que o nosso país aderiu recentemente ao cabo “2 África”, um dos maiores em construção de fibra óptica, e nos últimos 20 a 25 anos, mostrando claramente que o Governo tem investido de forma cíclica nas redes básicas de telecomunicações, quer por via satélite, quer por micro-ondas ou em fibra óptica.
De informar que Angola conta com um conjunto de três cabos de fibra óptica internacionais que atracam em território nacional, entre os quais o SACS, o único que liga África com a América do Sul.
Outro projeto apontado como sendo de importância capital para beneficiar o sector petrolífero é o de desenvolvimento de aplicações espaciais.
Por fim, o Ministro realçou a importância de se continuar a dar oportunidade à juventude para continuarem a estudar e a formar-se, pois, “de nada adianta termos satélites, se não tivermos jovens capazes de poder manejar toda a tecnologia em volta do desenvolvimento do ecossistema tecnológico”.