Angosat-2 está pronto e à espera do seu lançamento

2679

O Angosat-2 ficou pronto na terceira semana de Julho, já está em Baikonur no Cazaquistão junto à placa de lançamento, mas aguarda agora a decisão do governo para seguir para o espaço.

E esta já foi tomada: o lançamento será apenas depois das eleições, possivelmente um dos primeiros actos públicos do futuro Governo. “Tecnicamente está tudo pronto“, explicou um dos responsáveis do projecto ao Expansão. A informação é confirmada por uma informação publicada no site da empresa espacial russa (ISS).

Segundo o jornal Expansão na sua edição desta sexta-feira, avança que, de acordo com fonte do Governo, nesta altura o foco é a campanha eleitoral, e o lançamento do Angosat-2 obrigaria a deslocar para o Cazaquistão, durante alguns dias os dirigentes de topo do País, nomeadamente o Presidente da República, pelo que a opção foi adiar por dois meses este lançamento.

Nesta altura teria de alterar-se a estratégia que foi delineada para esta campanha, nomeadamente cancelando algumas das acções que estavam programadas. Seria complicado“, explica.

MAIS: Manuel Homem: Projectos Angosat e Observação da Terra posicionam Angola em África

O Angosat-2 é muito diferente da primeira versão, tendo beneficiado de inúmeras alterações de acordo com a evolução tecnológica e das necessidades que hoje o País tem. Na altura, a grande preocupação era a comunicação por voz, que fazia com que o Angosat-1 tivesse 16 transponders da banda C (voz) e apenas 6 da banda KU (dados). O Angosat- -2 já é um satélite de dados, tem apenas 6 transponders da banda C e 24 feixes da banda KU.

A velocidade de transmissão de dados do satélite é também muito rápida, quase sete vezes mais, sendo que o anterior tinha uma velocidade de 2 gigabytes/minuto, e o Angosat-2 terá a possibilidade de enviar informações a 13,2 gigabytes/minuto. Para se ter uma ideia da capacidade do satélite, o Angosat-2 tem 24 feixes instalados mas com apenas 4 feixes (bins) será possível cobrir todo o território nacional, sendo que os restantes 20 poderão ser comercializados.

São feixes localizados, que permitem a sua orientação para outros territórios ou zonas específicas. De acordo com o que está publicado nos sites da especialidade, em África apenas o Egipto tem um satélite com estas potencialidades, sendo que a África do Sul, que tem cinco satélites, não tem nenhum com estas características, desta “nova” família de alta taxa de transmissão de dados.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui